Desintoxicação de drogas os benefícios e por que é tão importante

Não é segredo para ninguém que o consumo excessivo de álcool diariamente faz mal para o organismo, saúde mental e até para os relacionamentos interpessoais. Os chamados etilistas colhem uma série de malefícios para o corpo. E nem precisa ser quem bebe até cair: basta ter o consumo de álcool associado a prejuízos na vida pessoal ou trabalho para ser considerado como tal.

Mas é possível parar e isso pode fazer muito bem para seu corpo. Para começar, saiba que o álcool é tóxico e agride o sistema nervoso central, principalmente se consumido em quantidades maiores de duas doses, no caso dos homens, ou uma dose, no caso das mulheres. Essa ação pode prejudicar o sono, o humor, a capacidade cognitiva e motora, a sensação de energia vital, etc.

Veja os principais efeitos benéficos ao deixar o etilismo:

1. Gordura no fígado tende a regredir

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O fígado, como já se sabe, é um dos órgãos mais afetados pelo excesso de álcool no organismo. Quando a pessoa para de beber, os níveis de acúmulo de gordura no fígado tendem a regredir e, dependendo do caso, o fígado pode se recuperar e voltar a funcionar normalmente. Isto porque ele possui uma grande capacidade de regeneração.

No entanto, se a pessoa já tiver uma cirrose, por exemplo, não haverá regressão do quadro e, se for preciso fazer um transplante é necessário que o paciente esteja livre do álcool.

2. Coração agradece

O excesso de peso é um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares (infarto e AVC) e diabetes. Logo, quem deixou a bebida reduz o risco de ter essas doenças, bem como insuficiência cardíaca e miocardite (inflamação das células do músculo do coração).

Outro benefício é a diminuição de arritmias cardíacas. Além disso, em casos de pacientes hipertensos há uma tendência de redução da pressão arterial.

3. O risco de mais doenças diminuem

O álcool modula o sistema imune diminuindo a capacidade de defesa frente a infecções. Então, parando de beber, provavelmente, você não terá mais infecções tão facilmente.

Além disso há fortes associações de que bebida aumenta o risco de câncer de boca, esôfago, intestino grosso e reto. Portanto, interromper o uso diminui o risco desses cânceres. Aqui também vale mencionar que o uso crônico do álcool causa pancreatite, que é uma inflamação no pâncreas causada, principalmente, por alcoolismo e tabagismo.

Com a suspensão do álcool, antes de a doença chegar a um estágio irreversível, o pâncreas também pode voltar a funcionar normalmente, na maioria dos casos.

4. Pele sem manchas

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O etilismo deixa a pele seca e escamosa, o que facilita o aparecimento de rugas e linhas finas. Isto é, a doença causa um envelhecimento precoce e também tem efeito inflamatório e vasodilatador, o que é percebido na pele com vermelhidão, fissuras e inchaço.

Entretanto, em uma semana em abstinência a qualidade da pele melhora visivelmente. Além disso, a resposta do corpo para problemas como rosácea e pele desidratada é otimizada, deixando o rosto mais bonito, jovem e macio.

5. Falta de vitamina não será mais um problema

É comum que etilistas tenham um déficit de vitaminas no corpo, especialmente as do complexo B, já que o álcool prejudica a absorção. O mesmo acontece com as proteínas, por isso também é comum haver graves problemas de desnutrição.

Logo, tirando o elemento agressivo, o organismo volta a absorver as vitaminas. Mas aqui vale destacar que quando há uma lesão irreversível, que causou algum tipo de gastrite ou que inflamou muito a mucosa, não é possível recuperar esse depósito de vitaminas. Nesses casos é preciso repor continuamente.

6. Sensibilidade recuperada

Etilistas tendem a perder a sensibilidade nos pés, mãos e em outras partes do corpo. Esse quadro chama-se neuropatia e refere-se a doenças ou problemas nos nervos. Após deixar a bebida, a sensibilidade pode ser recuperada totalmente.

7. Perda de peso

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Junto com o excesso de álcool algumas pessoas têm o hábito de ingerir alimentos calóricos como frituras (os tira-gostos dos bares). E, quando param de beber acabam reduzindo essa ingestão e perdem peso. Sem contar que o álcool já é calórico, o que facilita o acúmulo de gordura no abdome. Portanto parar de beber pode fazer com que você volte ao peso adequado.

8. Melhora do sono

Embora o álcool ajude a adormecer, ele piora a qualidade e descanso da sua noite. Isto porque ele desorganiza a atividade elétrica cerebral responsável pelas diferentes fases do sono. Então, se você eliminou o álcool da sua vida, saiba que seu sono será bem mais profundo e reparador de agora em diante.

9. Mais disposição

Com a saúde em dia, não haverá mais falta de disposição para fazer atividades rotineiras, exercícios físicos e várias outras coisas que até então não conseguia mais fazer.

Procure ajuda especializada

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Quando o consumo é frequente e excessivo, ao longo do tempo, algumas pessoas podem até desenvolver sintomas de abstinência ao cessar a ingestão abruptamente. Existem diferentes graus de abstinência alcoólica, alguns leves, que podem causar pequenos tremores ou irritabilidade, e outros mais graves, que causam reações como delírios, alucinações ou até mesmo convulsão.

Por isso é preciso ter cuidado, se você quer parar de beber, não faça nada sem ajuda de um profissional, pois há relatos de pacientes que até morreram de abstinência alcoólica.

Em seguida, após esse processo inicial, o cérebro tende começar a funcionar normalmente. É neste momento que o paciente deve focar no tratamento de longo prazo e na prevenção de recaídas. Esta é a fase de readaptação do cérebro sem a droga.

Após a abstinência, a maioria das pessoas apresenta a chamada disforia tardia, que dura de um a três meses. Nessa fase, o sistema de recompensa da pessoa ainda não está funcionando corretamente e, por consequência, ela tem dificuldade de perceber prazeres e apresenta vários sintomas depressivos.

Passada a disforia tardia, o cérebro realmente volta a funcionar normalmente e a pessoa pode voltar a sentir emoções benéficas e alegrias no cotidiano, desde que busque essa nova realidade. Ocorre, portanto, uma mudança de perspectiva e, aos poucos, a pessoa vai tentando voltar ao que era antes da bebida. Mas fique atento, é nessa fase que costuma haver recaídas.

Nem sempre o vício acaba, às vezes ele muda

De acordo com os especialistas, na verdade, uma dependência química não desaparece. É comum as pessoas trocarem o álcool por outras coisas, por exemplo, passar a consumir açúcar em excesso, jogos, compulsão por sexo, tabagismo, entre outras. Isso acontece porque o sistema de recompensa cerebral tem dois neurotransmissores principais: a serotonina e a dopamina. A serotonina é o hormônio do bem-estar e a dopamina é o hormônio neurotransmissor da recompensa.

Nos casos de dependência química como etilismo (que é o vício em álcool) ou tabagismo, a droga se liga na dopamina e com isso há a sensação de recompensa no cérebro. Por isso é comum as pessoas trocarem a sensação de bem-estar que tinham com determinada dependência por outra. O problema é o desequilíbrio.

Nessas horas, os especialistas recomendam que a troca seja feita por algo saudável e prazeroso. A corrida, por exemplo, é uma ótima atividade física.

Fontes: Frederico Garcia, psiquiatra, professor do Departamento de Saúde Mental da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais); Victor Bigelli de Carvalho, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo); Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo); Simone Reges Perales, médica-cirurgiã do aparelho digestivo e transplante hepático do Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Henrique Carvalho Rocha, gastroenterologista e hepatologista do Hospital das Clínicas da UFMG e da Rede Mater Dei de Saúde; Fernanda Seabra, dermatologista da Rede D'Or São Luiz (DF) Andressa Heimbecher Soares, endocrinologista, membro da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - regional São Paulo).

por Tauama de Moraes
CRP 11 - 07100


Quantas vezes você já aconselhou alguém que ama a não experimentar nenhum tipo de droga? Essa atitude revela o desejo que a maioria de nós temos para proteger quem amamos do vício e consequentemente da dependência química.

O vício, independente de qual substância seja, não é nada fácil de lidar. Muito mais difícil é sair dessa situação e voltar à normalidade de uma vida social produtiva. Por conta disso, é essencial que o adicto, a família e clínica de recuperação estejam atentos, preparados e em plena sintonia para oferecer ajuda.

É importante que haja uma estratégia traçada e uma conexão entre os envolvidos para que todas as atitudes com o intuito de conscientizar e ajudar na recuperação não afugentem e desanimem o dependente químico.

Por isso, para que uma clínica de recuperação funcione com excelência, é necessário se atentar a uma série de fatores, tais como: corpo clinico, métodos eficazes de tratamento, participação familiar e boa infraestrutura.

No conteúdo de hoje, abordaremos os principais aspectos relacionados ao funcionamento de uma clínica de reabilitação, tais como: como é promovida as etapas da desintoxicação, conscientização e ressocialização do adicto, qual a importância do tratamento ser realizado por uma equipe multidisciplinar e qual os benefícios que uma clínica bem infraestruturada agrega ao tratamento e manejo do paciente. Fique conosco!

Qual o papel que uma clínica de reabilitação desempenha

Uma clínica de reabilitação é um ambiente preparado tanto no sentido estrutural, como em corpo clinico, para acolher um dependente químico e disponibilizar um tratamento individualizado possibilitando que o mesmo possa voltar a viver com mais saúde e longe das drogas.

As clínicas especializadas em dependência química geralmente apresentam um renomado serviço de tratamento, seguindo as mais modernas práticas médicas e terapêuticas destinadas a esse público, através de uma equipe multidisciplinar altamente capacitada.

Geralmente, as mesmas estão situadas em locais estratégicos, com o objetivo de garantir discrição, paz e tranquilidade aos pacientes. Além disso, oferecem acomodações e serviços de internação para que seus pacientes possam receber os cuidados necessários ao seu tratamento.

Isso garante um tratamento eficaz, principalmente para os casos em que o grau de dependência encontra-se em estado emergencial.

Se o adicto tem consciência de que está doente e demonstra vontade em buscar ajuda e libertar-se do vício, a internação é feita imediatamente. Para a família, essa atitude é motivo de alegria, contudo, nem sempre é tão fácil assim, e, quando acontece o contrário, ou seja, se o dependente químico não percebe que está no fundo do poço, os familiares podem decidir interná-lo de forma involuntária (A lei 10.216/2001 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e autoriza esse tipo de internação).

Quais os tipos de internação que uma clínica de reabilitação pode oferecer

Internação Voluntária:

A internação voluntária, como o próprio nome diz, é aquela realizada com o consentimento do adicto, o qual deve assinar uma declaração de que é de sua espontânea vontade ser internado em uma clínica de tratamento para dependência química.

Assim, essa modalidade de internação acontece quando há uma solicitação formal do dependente ou do médico responsável pelo acompanhamento do caso.

Internação involuntária

Trata-se de uma modalidade aplicada quando o adicto perdeu por completo o discernimento sobre o risco a que está exposto e o perigo que representa para a família e também pessoas com quem se relaciona.

O excesso de uso das substâncias já atingiu um estágio em que o indivíduo tem sua capacidade psíquica completamente comprometida e não consegue, por si só, buscar um tratamento.

Nesta situação, a internação é acionada por familiares com vínculo de parentesco consanguíneo, ou seja, pais, filhos, avós, tios, sobrinhos que assinarão uma autorização.

ATENÇÃO: Os cônjuges não detêm essa permissão.

Feito o pedido, é essencialmente importante, que o dependente químico seja examinado por um médico, acompanhado da equipe multidisciplinar, os quais deverão emitir um laudo constando a necessidade ou não da internação.

Internação compulsória:

Para que a modalidade de internação compulsória venha a acontecer, é necessário que seja expedida uma ordem judicial de internação, independe da vontade do adicto.

Em regra, essa ordem judicial representa a resposta do juiz a uma solicitação feita por um médico, e pode ou não ser requerida pela família. A internação compulsória também pode ser uma alternativa de medida cautelar quando um crime foi cometido por alguém que se encontrava sob o efeito de drogas.

Nessa hipótese de internação, também haverá necessidade da existência de laudo médico comprovando a necessidade do tratamento. Somente após análise do parecer e das condições de segurança do estabelecimento é que o juiz expedirá a ordem determinando a internação do indivíduo.

Outro diferencial existente na internação compulsória, é que o juiz não pode interferir no tratamento e apenas os especialistas podem determinar o seu fim. Sendo assim, o oposto da internação involuntária, na qual a pessoa que a autorizou pode solicitar sua interrupção ou encerramento.

É a clínica que promove a desintoxicação, conscientização e ressocialização do dependente químico

A dependência química trata-se de uma doença crônica que deve ser tratada a partir das causas biológicas, psíquicas e sociais que levaram um indivíduo a desenvolvê-la.

Por conta disso, o tratamento deve ser realizado de forma singular, por uma equipe composta por médicos psiquiatras, clínicos gerais, psicólogos, terapeutas que atuem de forma interdisciplinar na aplicação de um programa terapêutico de recuperação individualizado para cada paciente, de forma a atender as necessidades do mesmo.

Geralmente, o tratamento se dá seguindo as etapas da desintoxicação, conscientização e ressocialização. Veja a seguir como cada uma delas acontece.

Desintoxicação

Inicialmente, é importante salientar que um processo de desintoxicação bem-sucedido é feito através de acompanhamento médico, e, que raramente um adicto consegue passar por esse processo sozinho.

Em síntese, esse procedimento se fundamenta em administrar uma quantidade gradualmente menor da substância que causa dependência em um indivíduo, até que o organismo do mesmo não sinta mais necessidade de consumir a droga.

O processo é necessário principalmente nos casos de dependência de drogas que causam alterações no sistema nervoso central do adicto, chamadas de psicotrópicas ou psicoativas. A maioria das drogas como álcool, cocaína, crack, entre outras, se encaixam nessa categoria.

Como essas substâncias afetam estruturas e funções importantes do corpo humano, é aconselhável que a pessoa não interrompa abruptamente o consumo de uma substância que lhe causa dependência, principalmente se o histórico de consumo for mais longo.

Vale lembrar que o organismo do adicto manifesta efeitos colaterais quando há abstinência da substância que lhe causa essa dependência e que uma pessoa em crise de abstinência pode ter sintomas e reações imprevisíveis, que vão desde o descontrole emocional até a agressividade.

Também não se deve esquecer da existência do risco de o organismo simplesmente não suportar a falta da substância e começar a apresentar disfunções que podem até levar à morte do dependente químico.

O processo de desintoxicação não acontece instantaneamente e cada adicto tem o seu período de tempo específico que varia de acordo com o grau de dependência, tipo de substância, entre outros fatores.

A internação do indivíduo pode ser recomendada durante algum período, para prover corretamente os medicamentos necessários e evitar os fatores que levam o paciente ao abuso de drogas.

Esse procedimento é conduzido por uma equipe médica, que administra a substância química para o dependente de forma controlada, reduzindo gradualmente as doses até a total limpeza do organismo.

Além disso, outras substâncias também podem ser necessárias no tratamento, a fim de aliviar dores ou controlar emoções, que podem se intensificar à medida que a concentração da droga no organismo vá diminuindo.

Especialmente nesse ponto, o auxílio médico é fundamental, pois, há substâncias que, quando combinadas, provocam danos às vezes letais em um organismo.

O processo de desintoxicação de drogas também pode demandar acompanhamento psiquiátrico ou psicológico. Esse tipo de tratamento é necessário para entender mais profundamente o que levou o indivíduo a consumir drogas e o que ele deverá fazer após a desintoxicação para evitar uma recaída.

Conscientização

O período de conscientização, fase mental, é a importante fase do tratamento, onde o indivíduo usa de mecanismos de defesas para evitar entrar em contato com a realidade de suas perdas emocionais.

O grande desafio dessa etapa, é ensinar o paciente a identificar e evitar as situações que podem causar a recaída. Esse período do tratamento oferece as condições necessárias para que o adicto possa permanecer construindo seu forte alicerce para persistir rumo a conquista do seu objetivo de livra-se da dependência.

As técnicas utilizadas são terapias cognitivas comportamentais para que o mesmo adquira uma nova percepção da realidade e crie habilidades para lidar com perdas e frustrações.

Baseadas no “Programa de Doze Passos” dos grupos anônimos, a Casa Despertar oferece palestras com o objetivo de introduzir o dependente químico na realidade de um programa voltado para seu problema e desenvolvido por seus iguais, através de experiências acumuladas desde a fundação de Alcoólicos Anônimos em 1935.

Estas palestras têm a finalidade de orientar o dependente químico a identificar situações que o tornam vulnerável e como enfrentá-las, de forma a obter de si mesmo o melhor desempenho em suas diversas relações sociais.

Ressocialização

O período de ressocialização é um período de grande importância para a recuperação, pois, através dele o indivíduo conseguira rever as aptidões adquiridas em seu período de internação e sua disponibilidade de colocá-las novamente em prática.

Isso acontece mediantes constantes avaliações e preparações psicológicas. Contudo, Além do papel desenvolvido pela clínica, a família terá grande importância nessa fase do tratamento.

As ações desenvolvidas pela equipe multidisciplinar e pelos familiares no sentido de contribuir para a reinserção do adicto, move a esperança de que ele reconstruirá sua vida longe das drogas.

A importância da clínica contar com uma equipe multidisciplinar

Unir profissionais de diferentes áreas para reabilitar o dependente é fundamental para obtenção de uma recuperação com bastante eficácia.

A abordagem multidisciplinar possibilita autoconhecimento, elevação da autoestima, estímulo à percepção do meio afetivo que cerca o paciente e seu relacionamento com este meio.

Assim é possível fazer com que o adicto entenda o motivo do seu tratamento, criando um vínculo com a equipe que será utilizada como instrumento para sua reabilitação social e familiar.

Com a união da expertise de profissionais de diferentes áreas, podemos construir métodos mais céleres e eficazes.

Esse é o caso do nosso método de Gerenciamento de Caso (GC), utilizado como diretriz no tratamento dos pacientes acompanhados por nossa equipe técnico profissional que se reúne semanalmente para fazer o planejamento das atividades de grupo e terapêuticas a serem realizadas pelo cliente. (PTS).

Estudos em saúde mental e dependência química indicam que o sistema de Gerenciamento de Caso (GC) através da elaboração de um Planejamento terapêutico Singular (PTS) pode ser uma importante ferramenta no tratamento de pacientes com problemas biopsicossociais.

Nossos métodos vêm mostrando eficácia e prestigiando o desempenho de todos os profissionais envolvidos no tratamento de nossos pacientes, através da multidisciplinaridade.

O papel do Médico Clínico Geral e do Médico Psiquiatra

O médico generalista é responsável por restabelecer a saúde física do dependente e buscar um quadro clínico estável.

O dependente passa por avaliação e acompanhamento do clínico geral, realizando ampla bateria de exames, com o objetivo de ter a sua saúde física também recuperada.

É indispensável que seja realizada uma bateria de exames do dependente, com o objetivo de se avaliar globalmente a condição física, buscando saber exatamente o que é necessário se restabelecer no mesmo.

Contudo, sabemos que existem várias drogas que agem como depressoras do Sistema Nervoso Central (SNC), sendo os principais exemplos o álcool e a heroína. Nesses casos, o acompanhamento psiquiátrico é obrigatório, pois, poucas horas depois da suspensão do uso das drogas, o adicto começará a sentir os sintomas de uma forte crise de abstinência.

É nesse momento entra em cena a figura do psiquiatra, que vai prescrever os remédios necessários para conter essa crise. Lembre-se que a abstinência, em casos mais graves de dependência, pode até levar à morte se não for tratada adequadamente.

Devemos destacar que apenas um médico pode prescrever a medicação e que ela pode ser diferente para cada paciente, dependendo da sua condição. Por isso, os pacientes devem passar por consultas periódicas com os psiquiatras para acompanhar se o medicamento está surtindo o efeito desejado, se será necessário trocá-lo ou não e se a dosagem está correta.

Alguns dependentes tomam os remédios por um período e depois não precisam mais. Outros devem tomar pelo resto da vida. Isso depende de muitos fatores, especialmente por quanto tempo o indivíduo fez uso de drogas. O mais importante a ser destacado é que sob nenhuma hipótese um indivíduo pode deixar de tomar o medicamento ou reduzir a dosagem por conta própria, sob risco de comprometer todo o seu tratamento.

O tratamento psiquiátrico é parte essencial da reabilitação de quem foi dependente de drogas psicotrópicas, mas só tem o efeito desejado quando acontece em conjunto com os outros tratamentos, como terapia individual, terapia de grupo, acompanhamento nutricional, atividades físicas e outros.

O papel do Psicólogo

Dentre tantas importantes funções que um psicólogo realiza para o tratamento de um dependente químico, destaca-se sua aptidão para tratar o motivo que levou o dependente a recorrer às drogas como uma saída para a resolução dos seus problemas.

É também uma das funções do psicólogo, manter o controle mental do adicto mesmo após a desintoxicação. Quadros como ansiedade e pensamento acelerado podem surgir, prejudicando a recuperação já que podem ser gatilhos para recaídas.

Por isso, é evidente que o papel do psicólogo para a recuperação de um dependente químico é de suma importância e que traz grandes benefícios ao paciente e também à sociedade.

O papel do Terapeuta Ocupacional

A Terapia Ocupacional faz parte do cenário da reabilitação, ajudando o adicto a executar tarefas para desenvolver o retorno a uma vida integrada a sociedade.

O terapeuta ocupacional pode utilizar várias habilidades e ferramentas que sirvam de auxilio no resgate do dependente químico.

O papel do Nutricionista

Durante e após o processo de desintoxicação, o organismo do dependente químico fica bastante debilitado. É comum haja perda de peso e perda de cabelo, devido à falta de nutrientes necessários ao corpo.

Dessa forma, o nutricionista tem o papel de tratar o organismo do paciente, através da formulação de uma dieta individualizada e balanceada visando trazer de volta a vitalidade do organismo.

O papel dos Enfermeiros

Os enfermeiros são responsáveis por um trabalho importante e delicado, qual seja: acompanhar de perto o passo a passo da recuperação do paciente. A dependência química é uma doença que precisa de atenção e cuidado, e o enfermeiro é o responsável por isso.

O seu principal papel é dar assistência junto ao médico e atender em casos especiais às necessidades prescritas aos pacientes, como a dosagem e o acompanhamento de medicações, por exemplo.

Estes são apenas alguns dos profissionais que devem atuar na equipe multidisciplinar e ajudar na recuperação de dependentes químicos. No entanto, é importante pontuar que a família e os amigos são tão importantes e indispensáveis quanto a ajuda especializada.

O papel dos profissionais de educação física

O exercício físico é um aliado importante no tratamento de várias patologias, por efeitos diretos, como, por exemplo, a redução da gordura corporal e dos níveis de colesterol e a melhoria cardiorrespiratória, ou indiretos, como a melhoria na autoestima e na sensação de bem‐estar.

Especificamente nos problemas de saúde relacionados ao uso de drogas, o exercício físico estimula a liberação de substâncias neurotróficas, propiciando a melhora funcional do sistema nervoso e até mesmo sensações de prazer e relaxamento, interferindo de maneira positiva no tratamento da dependência.

Assim, o exercício físico é proposto como coadjuvante no tratamento da dependência de drogas, complementando abordagens psicoterapêuticas e farmacológicas tradicionais.

É importante ressaltar que a atividade física proporciona redução das alterações neuroquímicas, do desejo e da compulsão pelo uso (fissura), dos distúrbios do humor e da cognição, bem como dos níveis de estresse e das dificuldades para relacionamento social e afetivo decorrentes do uso de drogas.

Ao iniciar o tratamento de reabilitação, a abordagem ao paciente é feita de forma individual, onde é realizado uma avaliação física para análise minuciosa da capacidade física do adicto, considerando fatores como a sua idade e a droga que usava.

A importância da clínica contar com uma boa infraestrutura

Uma clínica de reabilitação deve ser um ambiente preparado tanto no sentido estrutural, como em relação a equipe técnica, para desta forma, poder acolher o dependente químico e disponibilizar um tratamento individualizado, possibilitando que o mesmo possa voltar a viver com mais saúde e longe das drogas.

Por isso, além da preocupação com a abordagem terapêutica da instituição e informações sobre a regularização, autorização para funcionamento e reputação, deve-se observar a estrutura física da clínica.

É de suma importância que as mesmas estejam situadas em locais estratégicos, com o objetivo de garantir discrição, paz e tranquilidade aos pacientes e estejam equipadas com aparelhagens capazes de fornecer os primeiros socorros em eventuais crises causadas pelo processo de desintoxicação.

Diferente das demais, na CASA DESPERTAR não é o adicto que se adequa a clínica, somos nós que nos adequamos ao tratamento para reabilitação de cada adicto de maneira individualizada, de modo a oferecer as melhores condições físicas durante o tratamento de nossos pacientes que vão muito além das minimamente recomendadas pela ANVISA.

Afinal, é aqui onde o seu ente querido passará maior parte do tempo durante o tratamento, por isso, temos uma constante preocupação de que a mesma seja agradável e esteja preparada para lidar com as mais diversas situações. Não é à toa que somos reconhecidos como a melhor estrutura do norte-nordeste.

Nós da Casa Despertar estamos em constante preocupação com o bom funcionamento da clínica em todos os seus aspectos. Por isso, nos reinventamos constantemente buscando oferecer o melhor para todos os nossos pacientes.

Faça-nos uma visita e veja, na prática, como funciona uma excelente clínica de recuperação.

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