O Reino Plantae, como o nome sugere, abriga as plantas: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos fotossintetizantes. Além disso, em seu ciclo reprodutivo, apresentam alternância de gerações. Na Biologia, a ciência responsável pelo estudo deste grupo é denominada Botânica.
Na Botânica, nos últimos anos, muitas mudanças ocorreram quanto à classificação das plantas e também em relação aos organismos que o Reino Plantae contemplava. O sistema de classificação de Eichler, por exemplo, cada vez mais em desuso, classificava este reino em dois grandes grupos, e em algumas subdivisões:
1. Criptógamas: plantas sem órgãos reprodutivos aparentes.
1.1. Briófitas: Sem vasos condutores. Ex: Musgos, hepáticas e antóceros.
1.2. Pteridófitas: Com vasos condutores. Ex: Samambaias, avencas, cavalinhas, licopódios, selaginelas, cavalinhas e psilotáceas.
2. Fanerógamas: (plantas com órgãos reprodutivos evidentes) ou Espermatófitas (plantas com semente).
2.1. Classe Gimnosperma: Pinheiros, ciprestes, cicas, gnetáceas, gincobilobas, etc.
2.2. Classe Angiosperma: A maioria das plantas: laranjeira, pé-de-feijão, capim...
Levando em conta a sistemática moderna, muitos autores classificam as plantas em avasculares e vasculares, ou seja: considerando a ausência ou presença de vasos condutores de substâncias. Além disso, a presença de sementes, e também de frutos, são outros critérios adotados.
1. Plantas avasculares: não possuem sementes nem frutos. Musgos, hepáticas e antóceros pertencem a este grupo.
2. Plantas vasculares:
2.1. Sem sementes: samambaias, avencas, licopódios, selaginelas, cavalinha, psilotáceas.
2.2. Com sementes:
2.2.1. Sem frutos (gimnospermas).
2.2.2.Com frutos (angiospermas, Filo Magnoliophyta).
2.2.2.1. Monocotiledôneas.
2.2.2.2. Eudicotiledôneas.
2.2.2.3. Dicotiledôneas basais.
Nesta seção você encontrará um bom acervo sobre esse grupo de seres vivos, e aprenderá muitos aspectos interessantes de sua biologia.
Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto:
(UERJ/2015) No cladograma, está representado o grau de parentesco entre diferentes grupos de vegetais.
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As letras A, B e C indicam, respectivamente, o momento em que surgem, ao longo do processo evolutivo, as seguintes características dos vegetais: A) cutícula, sementes, tecidos vasculares B) embriões multicelulares, esporófito dominante, frutos C) esporófito dominante, embriões multicelulares, frutos
D) gametângios multicelulares, tecidos vasculares, sementes.
RESOLUÇÃO: As letras A, B e C indicam as novidades evolutivas (apomorfias) entre um grupo e outro. O primeiro representante no cladograma (antócero) pertence ao grupo das Antocerophyta (que é genericamente estudado dentro de briófitas). Assim, a letra A está representando uma novidade de algas em relação às briófitas – a presença de gametângios multicelulares, revestidos por células estéreis, dentro dos quais o zigoto se desenvolve é uma boa opção. B está entre musgos e samambaias (pteridófitas); como novidades poderiam ser citadas a presença de vasos condutores de seiva; esporófito como fase dominante do ciclo de vida; tecidos de sustentação… C indica uma novidade evolutiva de pteridófitas para gimnospermas. Como opções poderiam ser citadas: surgimento do grão-de-pólen (independência da água para a reprodução); crescimento secundário; semente; estruturas reprodutivas bem visíveis (cones)…
Resp.: D
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– Questão comentada sobre filogenia em plantas, da Fatec
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O Reino Plantae ou Reino Vegetal é o grupo em que estão todas as plantas. Plantas são organismos eucariontes e multicelulares e, geralmente, fotossintetizantes. Apesar de muitas pessoas acreditarem que todas as plantas possuem a capacidade de realizar fotossíntese, isso não é verdade, uma vez que podemos encontrar plantas parasitas.
Na maioria das plantas, observamos a presença de três órgãos vegetais básicos: raiz, caule e folha. As plantas podem ser classificadas em quatro grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. As flores e frutos são exclusividade das plantas conhecidas como angiospermas.
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Características gerais das plantas
As plantas são organismos multicelulares e eucariontes. Suas células diferem-se da célula animal por apresentar organelas denominadas plastídios e vacúolos (também chamados de vacúolo de suco celular ou vacúolo central). Além disso, apresentam parede celular, sendo a celulose o principal componente dessa estrutura.
As plantas são classificadas como organismos autotróficos, uma vez que a grande maioria é capaz de realizar fotossíntese. A exceção são as plantas parasitas, sendo observadas algumas espécies aclorofiladas, portanto, não fotossintetizantes, e que retiram os carboidratos dos quais necessitam de plantas hospedeiras.
De maneira geral, as plantas apresentam três órgãos vegetais básicos: raiz, caule e folha. A raiz, na maioria das planta, é subterrânea e apresenta como funções principais a fixação da planta ao substrato e a absorção de água e sais minerais.
O caule, por sua vez, atua ligando as raízes às folhas, promovendo a sustentação do vegetal e permitindo que as folhas estejam dispostas de forma a conseguirem maior contato com a luz solar. Vale destacar, no entanto, que tanto as raízes quanto os caules podem assumir outras funções, a depender da planta estudada.
No que diz respeito às folhas, elas apresentam como função principal a realização de fotossíntese, sendo elas os órgãos em que está concentrada a maior quantidade de clorofila.
Ciclo de vida dos vegetais
O ciclo de vida de todas as plantas apresenta alternância de gerações, sendo observadas uma geração multicelular haploide e outra multicelular diploide. A geração multicelular haploide é a fase do gametófito, que produz gametas por mitose. Esses gametas fundem-se (fase sexuada do ciclo) e dão origem à fase de esporófito. A geração produtora de esporos é diploide e produz esporos por meiose (fase assexuada do ciclo).
Nas briófitas e pteridófitas, a fecundação só é possível devido à presença de água, que garante que o gameta flagelado masculino nade até o gameta feminino. Nas gimnospermas e angiospermas, o surgimento de grão de pólen proporciona a independência de água para a reprodução, sendo esse grão levado, por exemplo, pelo vento ou por animais polinizadores. Nas briófitas, os gametófitos são o estágio dominante do ciclo de vida, diferentemente dos outros grupos de plantas que possuem como estágio dominante o esporófito.
As plantas podem também fazer a reprodução vegetativa (reprodução assexuada), sendo esse processo comum em várias espécies delas. Dentre os modos de reprodução vegetativa, podemos citar a reprodução por meio de estolhos ou estolões, caules subterrâneos e folhas.
Leia mais: Reprodução assexuada nas angiospermas
Classificação das plantas
As plantas podem ser classificadas em quatro grupos básicos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Esses grupos podem ser divididos ainda em plantas vasculares e plantas avasculares. Plantas avasculares são aquelas que não possuem vasos condutores de seiva (xilema e floema), sendo esse o caso das briófitas. As chamadas plantas vasculares, por sua vez, possuem vasos condutores e apresentam como representantes as pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
As pteridófitas são também chamadas de plantas vasculares sem sementes, uma vez que possuem vasos condutores e são incapazes de produzir sementes. Gimnospermas e angiospermas, por sua vez, são plantas vasculares com sementes. A diferença entre esses dois últimos grupos está no fato de que as gimnospermas apresentam sementes nuas, que não estão envolvidas por frutos, enquanto, nas angiospermas, observamos a presença de flores e frutos.
Veja, a seguir, algumas das características básicas de cada um desses grupos:
- Briófitas: são plantas avasculares e que não possuem caule, folhas ou raízes verdadeiras. A presença de flores, sementes e frutos também não é observada. Dependem da água para a reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o gametófito. São exemplos de briófitas: musgos, antóceros e hepáticas.
- Pteridófitas (plantas vasculares sem sementes): são plantas vasculares que não produzem flores, sementes ou frutos. Possuem raízes, caule e folhas verdadeiras. Dependem da água para a reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o esporófito. Como exemplo, temos as samambaias e avencas.
- Gimnospermas: são plantas vasculares que apresentam raízes, caule, folhas e sementes. As sementes são nuas, pois não possuem frutos envolvendo-as. Nessas plantas também não são encontradas flores, sendo a estrutura reprodutiva desse grupo chamada de estróbilo. Devido ao surgimento do tubo polínico, não necessitam de água para a reprodução. A fase dominante do seu ciclo de vida é o esporófito. Como representantes, podemos citar os pinheiros e as araucárias.
- Angiospermas: são plantas vasculares que possuem raízes, caule, folhas, sementes, flores e frutos. Não necessitam de água para a reprodução, e a fase dominante do seu ciclo de vida é o esporófito. Nesse grupo temos cerca de 90% de todas as espécies de plantas do planeta. Como representantes, podemos citar as orquídeas, a mangueira, o abacateiro e o ipê.
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Resumo
- As plantas são organismos multicelulares, eucariontes e, na maioria dos casos, fotossintetizantes.
- A maioria das plantas apresenta três órgãos principais: raiz, caule e folha.
- As plantas apresentam ciclo de vida com alternância de geração.
- Podemos dividir as plantas em quatro grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
- As briófitas são plantas avasculares.
- As pteridófitas são plantas vasculares sem sementes.
- As gimnospermas são plantas que apresentam sementes nuas.
- As angiospermas são o único grupo de plantas que apresentam flor e fruto.
Exercício sobre o Reino Plantae
Enem 2019 - Durante sua evolução, as plantas apresentaram grande diversidade de características, as quais permitiram sua sobrevivência em diferentes ambientes. Na imagem, cinco dessas características estão indicadas por números.
A aquisição evolutiva que permitiu a conquista definitiva do ambiente terrestre pelas plantas está indicada pelo número
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Resolução: Letra c. Nas briófitas e pteridófitas, o gameta masculino precisava nadar até a oosfera, necessitando, desse modo, da água para a fecundação. O surgimento do grão de pólen e, consequentemente, do tubo polínico, permitiu que gimnospermas e angiospermas atingissem a independência do ambiente aquático para a reprodução, uma vez que o tubo polínico é responsável por transportar o gameta masculino até o gameta feminino nessas plantas.