Como estudar o fortnite

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Para aqueles que ainda tem suas dúvidas no quanto os jogos podem ser importantes na atualidade, está aí uma prova, principalmente quando bem utilizado. De acordo com publicação no Estado de São Paulo, Matheus Montenegro, de 20 anos, conseguiu de forma inusitada, graças a Fortnite, 28 bolsas de estudos nos EUA.

Para aqueles que desconhecem, Fortnite é um Battle Royale grátis com vários modos de jogo para todo tipo de jogador. O jogo é desenvolvido pela Epic Games e lançado como diferentes modos de jogo que compartilham a mesma jogabilidade e motor gráfico de jogo. De acordo com a matéria, Matheus estava em busca de uma faculdade no exterior, e foi graças ao jogo que ele conquistou 28 bolsas de estudo em universidades dos Estados Unidos.

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Matheus é ex-aluno de escola pública e morador de São Vicente, litoral de São Paulo e conseguiu integrar várias equipes universitárias de eSports nos EUA. Após ter conseguido estas 28 bolsas, foi a hora de escolher em qual ele iria estudar e opção foi Oklahoma Christian University. Ele conquistou uma bolsa de 75% irá cursar ciências da computação.

De acordo com Matheus, “quero iniciar projetos de mentoria, porque quando fui atrás (de Universidades nos EUA), havia poucas pessoas ensinando os passos para conquistar as bolsas por meio do Fortnite e dos games”. Este é um grande exemplo de como um jogador pode conseguir grandes proezas através dos jogs.

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Via: Estado de S.Paulo

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Mateus Montenegro, 20, teve uma mudança repentina em sua vida no último mês. Em busca de uma universidade no exterior, ganhou 28 bolsas em universidades dos Estados Unidos por um fator inusitado: a Fortnite, Jogo multiplayer e febre entre os mais novos.

Graças às suas habilidades no jogo, o ex-aluno da escola pública e morador de São Vicente, no litoral de São Paulo, foi aprovado para integrar vários times universitários de eSports nos EUA com a oportunidade de escolher seu destino, escolheu a Oklahoma Christian University, onde ele ganhou uma bolsa de 75% e vai estudar ciência da computação.

Os resultados de hoje são frutas que começaram a ser cultivadas quando Matheus ainda era pequeno, aos oito anos. Mesmo antes de pensar em faculdade ou estudar no exterior, o jovem teve seu primeiro gosto pelos jogos e pela “cultura americana”, que foram paixões à primeira vista. “Comecei a jogar no Playstation 2 do meu pai, depois mudei para o computador, mas estou neste universo desde então.”

Fortnite entrou em sua vida enquanto você estava no ensino médio. Lançado em 2017, o modo “Battle Royale” do game conta com 100 jogadores simultâneos que estão confinados em uma ilha e precisam ir em busca de equipamentos e armas. Apenas um jogador ou equipe é vitorioso.

Como forma de diversão e lazer, Matheus passou a jogar de duas a quatro horas por dia e, com o tempo, foi melhorando. Mesmo sem nunca ter participado ativamente do Fortnite competitivo, porque seu computador não era adequado para jogos, o garoto se destacou entre os amigos por sua habilidade. Ao planejar seu futuro, o Fortnite se tornou uma oportunidade para atingir seus objetivos.

“Em 2021 procurei muitas oportunidades para estudar nos EUA, mas não fazia ideia de que através dos eSports era possível conseguir uma vaga na universidade”, conta.

Matheus, como tantos outros jovens, imaginava que os únicos esportes que garantiriam bolsa para os EUA eram basquete, futebol, atletismo e natação.

Por meio de outra história, Matheus descobriu que Fortnite, seu hobby nas tardes preguiçosas com os amigos, poderia realizar seu sonho. Guilherme Mannarino, hoje com 18 anos, ganhou 31 bolsas para estudar nos EUA para se juntar ao time Fortnite. A conquista do jovem inspirou Matheus a seguir o mesmo caminho. Funcionou.

Com um objetivo bem definido desde o início (Matheus não planejava cursar o ensino superior no Brasil), o jovem teve o apoio da família assim que percebeu que seria possível. O processo de ingresso nas universidades não foi fácil. Além de apresentar boas notas no ensino médio, atividades extracurriculares e uma série de documentos como cartas de recomendação de professores, ele também teve que fazer testes de proficiência em inglês e enviar vídeos de Fortnite para instituições de ensino para comprovar sua capacidade.

Aprovado em 28 universidades, a escolhida, a Oklahoma Christian University, concedeu a Matheus uma bolsa de 75% do valor do curso. “A cidade (de Oklahoma) É muito bom, ensinando. (de computação) Gostei e o programa de eSports tem sido muito desenvolvido na Universidade”, aponta os motivos que o levaram a escolher a instituição. Desenvolvendo sua área de atuação nos EUA (Ciência da Computação) foi outro fator chave em sua escolha.

“É uma loucura”, resume Matheus sobre sua vida nos últimos dias. “Muitos me ligam, me perguntam como fiz e me parabenizam nas redes. Quase não tenho mais tempo para jogar”, brincou o jovem.

No entanto, essa conquista ainda não garante que o jovem vá para o exterior. Como a bolsa não está completa, ficam 25% das despesas, que devem vir da família. Como as aulas começarão em agosto, Matheus precisa arrecadar cerca de R$ 84 mil. Para isso, ele iniciou uma campanha de crowdfunding em suas redes sociais para atingir seu objetivo. “Não tenho plano B”, disse Matheus. Se você não atingir a meta de estudar nos EUA, será difícil iniciar o ensino superior no Brasil. Até agora, cerca de 25% do que você precisa foi alcançado.

Mesmo sem a partida garantida, o jovem está animado com essa nova etapa de sua vida. “Ainda não foi assimilado. Nunca saí de São Paulo, nem viajei de avião, mas não vejo a hora de tudo se tornar realidade”, diz. Matheus conta que já conversou com o técnico do seu time de Fortnite e diz que nos primeiros meses será um desafio conciliar os estudos com a rotina de treinos. “Você tem que manter suas notas altas, mas também se concentrar nas competições.”

O jovem também pretende inspirar adolescentes que, assim como ele, sonham em estudar no exterior. “Quero iniciar projetos de mentoria, porque quando fui atrás (de universidades nos EUA), havia poucas pessoas ensinando os passos para ganhar bolsas por meio de Fortnite e jogos”, diz.

Na onda de “transmissões ao vivo” no Twitch, Matheus também planeja entrar nesse universo. Para isso, existem algumas referências. “Seguindo os passos de Clix, Tfue e Ninja (Streamers de Fortnite) e Alanzoka e Edukof (criadores de conteúdo brasileiros).”

Você sabia que é possível estudar em uma universidade norte-americana e ganhar bolsa de estudos jogando esports? De acordo com a Strive Academy, agência especializada em auxiliar os candidatos no processo de admissão, há 15 brasileiros que estudam atualmente no exterior com bolsas de esports, e Guilherme Mannarino é um deles. O jogador de Fortnite foi aprovado em 32 universidades americanas.

Como estudar o fortnite
Guilherme Mannarino ganhou uma bolsa de estudo nos EUA por jogar Fortnite.

Existem mais de 200 universidades nos Estados Unidos que oferecem bolsas de estudos para a categoria como, por exemplo, a Harrisburg University, a Alvernia University, a Ashland University, a Oklahoma Christian University, a Robert Morris University e outras. O aluno aprovado para graduação ou pós-graduação participa de competições representando sua instituição de ensino, assim como acontece há muito tempo com os esportes tradicionais como baseball, futebol americano e basquete.

Como conseguir uma vaga?

O processo para concorrer a uma vaga requer várias etapas, mas não é nada complicado. As universidades solicitam o histórico escolar e uma carta de recomendação do diretor da escola (por isso é imprescindível ter boas notas). O candidato ainda precisa passar por um teste de proficiência na língua inglesa, fazer uma redação sobre sua própria vida e explicar porquê deseja ingressar na faculdade.

Na sequência, os recrutadores analisam o ranking e as estatísticas de jogo dos concorrentes, além de highlights e vídeos completos da partida. Por se tratar de um processo ainda pouco conhecido, agências assessoram os candidatos para que o processo possa ser realizado da maneira correta. Este serviço pode custar até R$ 12 mil.

Onde concorrer a uma vaga com bolsa de esports

Não são apenas os Estados Unidos que oferecem vagas universitárias para a modalidade de esports. A Coréia do Sul é um país que também oferece esta oportunidade — mas é claro que as universidades norte-americanas acabam sendo uma opção mais atrativa não só pelo idioma, mas pela distância de nosso país.

A Robert Morris University, por exemplo, oferece bolsas exclusivamente para competidores do jogo League of Legends, e os estudantes podem ganhar até US$ 19.000 por ano. Ela foi a primeira universidade a oferecer bolsas para esports. A Harrisburg University concede bolsas para competidores não só de League of Legends, mas de Overwatch e Hearthstone também.

Como estudar o fortnite
Campeonato universitário de League of Legends.

No programa de bolsas da Ashland University os jogadores de Fortnite, League of Legends e Overwatch podem receber até US$ 4 mil por ano. Mas se você não se importar em cruzar o oceano, a Universidade Chung-Ang, considerada uma das 10 melhores da Coréia do Sul, é apenas uma das muitas instituições que oferecem valiosas bolsas para seus estudantes com habilidades em esports.

Os cursos oferecidos

Há universidades que oferecem bolsas para cursos como Ciência do Esporte, Game Design, Tecnologia da Computação ou algum outro que estude o assunto. Mas há também instituições que deixam a escolha livre. Há exigências para alunos bolsistas como boas notas e bom comportamento. O não cumprimento das solicitações acarreta perda da tão valiosa bolsa.

Leia também: quando um jogo pode ser considerado um esports.

As instituições de ensino norte-americanas que oferecem estas bolsas são membros da Associação Nacional de Esports Colegiados (NACE), e a Riot Games patrocina jogos das equipes universitárias americanas e canadenses. Equipes que chegam à final de cada um das 4 conferências regionais ganham bolsa da desenvolvedora. Jogos como FIFA, Counter-Strike: Global Offensive, Rainbow Six, Valorant e outros também contemplam as bolsas de estudo.