A quantos versos há nessa estrofe brincadeiras populares

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BRINCADEIRAS POPULARES

A quantos versos há nessa estrofe brincadeiras populares


Autor: Abdias Campos
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As brincadeiras que a gente Brinca desde criancinha São inventadas, por isso Em nossa casa ou vizinha Tem sempre alguém que aprendeu Mais uma brincadeirinha Pra brincar de “Amarelinha” Faz um desenho no chão Com quadrados ou retângulos Risca com giz ou carvão No topo faz forma oval E põe a numeração Começa a recreação Jogando uma pedrinha Na casa número 01 Tem que ficar direitinha Pula num pé só e sai Brincando de amarelinha O “Telefone sem fio” Pra funcionar direito Numa roda de pessoas Quanto mais gente é perfeito Pra ficar bem engraçado Começa assim desse jeito: Um, secretamente, inventa Uma frase ou uma história Conta no ouvido do próximo Que guarda em sua memória Passando ao que está de lado Nesta mesma trajetória Chega à última pessoa Que revela o que ouviu O resultado é engraçado Tudo trocado, já viu! Fica muito diferente Da história que partiu Brincar de “Barra bandeira” É divertido demais Risca uma quadra ou quadrado Em duas partes iguais Cada uma com um time Com sua bandeira atrás Um grito é dado e começa Cada time a procurar Ir ao quadrado do outro E sua bandeira pegar Entra fazendo manobras Pro outro não lhe agarrar Ganha o ponto o que agarra Ou o que pega a bandeira E leva para o seu lado Assim se faz na carreira E o time que faz mais pontos Ganha assim a brincadeira “O Chicotinho queimado Pra gente poder brincar Alguém esconde um objeto Para o outro procurar E aquele que escondeu Ao outro passa a guiar”: Tá quente, se tiver perto Tá frio, se longe está Tá morno, se mais ou menos Está perto do lugar Onde escondeu-se o objeto Que ganha quando encontrar (...)

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Buscamos na linguagem uma forma de interação social, procurando atingir por meio do “outro” nossos propósitos, nossas intenções. Dessa forma, tendo em vista um fim específico, a enunciação pode se pender para a informação, para a instrução, para o entretenimento, para a exposição de um dado importante, enfim. Nesse ínterim, um aspecto de relevante importância se faz demarcado, isto é, a forma que o emissor nos repassa aquilo que pretende, podendo ser de uma maneira mais objetiva, precisa, imparcial, mas podendo ser também de um modo mais subjetivo, mais pessoal, prevalecendo uma intenção voltada para uma multiplicidade de interpretações acerca daquilo que é dito e/ou escrito.

Apoderando-se dessa circunstância, notamos que por haver um envolvimento mais significativo entre o emissor e o receptor, emerge dessa situação um clima de nostalgia, conduzindo o destinatário à fruição, ao sentimentalismo, ao despertar de emoções diversas. Estamos nos referindo, pois, ao que denominamos de texto poético, no qual, obviamente, prevalece a função poética da linguagem. Nessa modalidade não há como negar que distintos são os recursos linguísticos ora materializados, o que traduz, em se tratando do poema, a estética desses tipos de textos.

Diante desse fato, pautemos em abordar acerca de alguns elementos a eles condizentes, demarcados pelo verso, estrofe e rima. Dessa forma, certifiquemo-nos sobre os aspectos que os constituem:

Verso – Voltando à forma como se apresenta o texto poético, uma vez se diferenciando daquele considerado como prosa (constituído de uma estrutura demarcada por parágrafos), tal elemento se define como sendo cada linha poética. Assim, representado:

O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar  (primeiro verso)           

O amor em carne e a carne em amor; nasce (segundo verso)

   [...]

Vinícius de Moraes

Estrofe – Pode-se dizer que a estrofe é a reunião de todas essas linhas poéticas, isto é,  o conjunto de todos os versos. Para demonstrá-la, aproveitamos o exemplo anterior, um poema de Vinícius de Moraes, só que agora demarcado na íntegra:

O verbo no infinito Ser criado, gerar-se, transformar O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e adormecer E se nutrir para poder chorar Para poder nutrir-se; e despertar Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir E começar a amar e então sorrir E então sorrir para poder chorar. E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror De ser e amar, e se sentir maldito E esquecer de tudo ao vir um novo amor E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito...

Trata-se de uma forma poética denominada de soneto, composta, portanto, de dois quartetos (quatro versos) e dois tercetos (três versos).

Rima – A depender da forma como os versos se apresentam no poema, sobretudo levando em conta a intenção do artista em obter o efeito desejado, as rimas podem se apresentar de várias formas. Assim, tendo em vista que a rima se caracteriza pela semelhança sonora que há nos versos, ela pode se demarcar no final deles, caracterizando a rima externa, como pode também se apresentar no interior, o que se define pela chamada rima interna.

Dessa forma, veja alguns exemplos de rimas quanto à disposição em que se apresentam:

Interpoladas ou opostas

De repente do riso fez-se o pranto (A)

Silencioso e branco como a bruma (B)

E das bocas unidas fez-se a espuma (B)

E das mãos espalmadas fez-se o espanto. (A)
[...]

Emparelhadas

No rio caudaloso que a solidão retalha,(A)

na funda correnteza na límpida toalha,(A)

deslizam mansamente as garças alvejantes;(B)

nos trêmulos cipós de orvalho gotejantes...(B)

[...]


 

Encadeadas

Quando no leito entre sutis cortinas

Tu te reclinas indolente aí,

Ai! Tu não sabes que sozinho e triste

Um ser existe que só pensa em ti.

[...]

Cruzadas ou alternadas

Minha desgraça não é ser poeta,

Nem na terra de amor não ter um eco...(A)

E, meu anjo de Deus, o meu planeta

Tratar-me como trata-se um boneco...(A)

[...]

Eu não acho que existe uma poesia boa ou ruim. Existem diferentes tipos de gênero

Entre estrofes, rimas e versos, a edição de hoje (16) do Radinho BdF embarca no maravilhoso mundo da literatura para celebrar o Dia Mundial da Poesia, comemorado em 21 de março. Neste episódio super poético, crianças de diversas partes do Brasil contam sobre seus poemas preferidos e dão dicas de como colocar os sentimentos no papel na forma de versos.

Combinar palavras e dar a elas novos significados. Brincar com ritmo dos versos, procurar rimas e explorar um mundo inteiro de histórias, cheias de aventuras. Essa é só uma parte de todo esse universo das poesias, uma expressão artística que nos acompanha em todos os momentos da história humana. Elas são tão marcantes que é bem provável que as crianças já tenham tido experiências com versos, seja em revistas, livros, na internet ou no rádio, pelas músicas.

O caminho dela é distante, Para achar é só seguir o elefante O caminho dela é tão longo, Para achar precisa ir até o Congo O caminho dela é feliz, Basta só seguir seu nariz O caminho dela e sagrado,

Para achar é só fazer um agrado

Essa é uma das produções da poeta mirim Antônia Gomes Minchoni, que tem 6 anos e mora em São Paulo, comprovando que literatura também é assunto de criança. “Eu comecei a compor poemas com três anos de idade. Na época eu não sabia escrever, então eu desenhava, cantava e falava”, conta Antônia.

Ela está se preparando para lançar seu primeiro livro de poesias. Até lá, os poemas da Antônia e de sua irmã, Ana Gomes Minchoni, são publicados na conta delas no Instagram.

Os poetas mais citados no grupo dos preferidos da criançada são Cecília Meirelles, Manoel de Barros, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais. Esses pequenos leitores ávidos por poesias aproveitam para declamar seus versos preferidos, dando dicas imperdíveis de boas poesias que ajudam a quebrar a ideia que esse tipo de literatura é algo sério ou difícil de entender.

“A minha primeira relação com poesia foi quando eu ganhei do meu avó o livro ‘Assim, assado’, da escritora Eva Furnari”, diz Bernardo Caronda Levoni, que tem 12 anos e mora em Curitiba. “Eu gosto muito de Manoel de Barros porque eu ouço desde de pequeno. Ele foi um poeta que nasceu em 1916 e morreu em 2014. Ele viveu muitas histórias, fez muitas poesias e foi reconhecido pelo público”, disse Rudá de Oliveira Fagundes, que tem 9 anos e mora em Dourados (MS).

As poesias escritas são formadas por versos que representam cada uma das linhas dos poemas. O conjunto de alguns versos formam uma estrofe, que são como pedaços das poesias, que dão um ritmo todo especial na hora de ler ou recitar. Mas, para escrever poesias, não tem certo ou errado: os poemas podem ter quantas estrofes ou versos o autor quiser, a única regra é se divertir.

“Eu não acho que existe uma poesia boa ou ruim. Existem diferentes tipos de gênero. Uma poesia pode agradar a alguém mesmo que você não goste”, pontua Guilherme Ferreira Soares, que tem 14 anos e mora em Santo André.

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Crianças que gostam de ler, escvrever e criar histórias podem participar da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa / Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas

Brincando com palavras

Quem quiser arriscar um pouco mais na hora de escrever poesias pode usar um recurso muito comum nos versos: as rimas. Essa combinação de sons dá diversas possibilidades de brincadeiras. “Eu gosto de brincar com as palavras e rimas inventando uma nova e colecionando as velhas. Eu sempre escolho uma palavra e descubro qual rima, aí invento uma história, tipo ‘o abacate foi mordido pelo alicate’ ou ‘o tubarão gosta muito de macarrão’”, ensina Francesco Ricciuto, que tem 6 anos e mora em São Paulo.

Mas as brincadeiras com as palavras não param nas rimas. Uma das mais divertidas é escrever histórias, um ótimo exercício para a imaginação. Quem está sem tanta inspiração pode seguir as dicas da Maria Flor Tostes, que tem 10 anos, mora em Niterói e adora escrever contos.

“Um dia eu estava na escola e a professora passou um dever: ela mostrou uma imagem e a gente tinha que descrever essa imagem e criar uma história com elas. Eu gostei e comecei a fazer em casa. Minha inspiração são as coisas que acontecem na mina vida, junto com minha imaginação”, disse.

A última brincadeira do episódio é uma sugestão pra lá de divertida da professora de português e literatura Ana Paula Miola, que traz direto do Japão um jeito muito especial de criar e escrever poesias.

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Poeta Sérgio Vaz,criador da Cooperifa / Divulgação

Poesia periférica

Além de serem muito divertidas, as poesias são usadas para denunciar problemas sociais. Por isso, essa arte tem ganhado muito espaço nas periferias do país, onde poetas se encontram para declamar poesias em saraus, que são encontros de artistas onde cada um apresenta um estilo de arte.

“A minha opinião, os temas que podem ser tratados nas poesias vão de cartas de amor a criticas sociais, sobre problemas que vivemos hoje, além de fatos históricos, mostrando como as pessoas vivam no passado”, diz Beatriz Klein, que tem 13 anos e mora em Curitiba.

Um dos principais nomes da poesia periférica do Brasil é o poeta Sérgio Vaz, fundador do Sarau da Cooperifa, que ocorre há 23 anos na zona sul de São Paulo.

Outro espaço cada vez mais popular para declamar e ouvir bons poemas são os slams, como são conhecidas as batalhas de poesias que se espalham pelo país. Esses poemas têm um tom muito crítico a situações de injustiça social, como o racismo, o machismo, a pobreza e a falta de oportunidades para a juventude periférica.

Além dos saraus, vale também conferir se pelas escolas é possível se inscrever na Olimpíada de Língua Portuguesa, um grande encontro de crianças de todos os estados do nosso país para ler histórias e declamar poesias.

Música também é poesia!

Para comprovar essa máxima, a Vitrolinha BdF põe para tocar sucessos da música brasileira que celebram a força das palavras: “Poema”, na voz de Ney Matogrosso, “Palavra Mágica”, de Chico César e “Meia-Lua Inteira”, de Caetano Veloso, compõe a palylist especial do episódio.

E quem gosta de cantar poesias pode se deliciar com os versos ritmados da coleção Crianceiras, um projeto educativo que propôs musicar poesias brasileiras para crianças, incluindo grandes nomes da literatura nacional, como Manoel de Barros e Mário Quintana.

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Toda quarta-feira, uma nova edição do programa estará disponível nas plataformas digitais / Brasil de Fato / Campanha Radinho BdF

Sintonize

O programa Radinho BdF vai ao ar às quartas-feiras, das 9h às 9h30, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista. A edição também é transmitida na Rádio Brasil de Fato, às 9h, que pode ser ouvida no site do BdF.

Em diferentes dias e horários, o programa também é transmitido na Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), e na Rádio Terra HD 95,3 FM.

Assim como os demais conteúdos, o Brasil de Fato disponibiliza o Radinho BdF de forma gratuita para rádios comunitárias, rádios-poste e outras emissoras que manifestarem interesse em veicular o conteúdo. Para fazer parte da lista de distribuição, entre em contato pelo e-mail: [email protected]

Edição: Camila Salmazio