A corrupção só acaba quando a população for honesta

A corrupção no Brasil e citação de políticos envolvidos em escândalos.

A corrupção só acaba quando a população for honesta
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A corrupção no Brasil tem alcançado altos níveis, principalmente na política. Tal problema vem crescendo devido à falta de cumprimento da lei, que deixa impune os corruptos. Diante desta problemática devemos refletir sobre as escolhas dos nossos candidatos a cargos eletivos no país. Soluções como o projeto “Ficha Limpa” vem tentando mudar essa vergonhosa situação na política brasileira. O “fenômeno” da corrupção tem sido frequentemente tema dos principais meios de comunicação. Nomes como Fernando Collor, Palocci e José Sarney nos remetem algumas lembranças sobre atos de corrupção no Brasil. Mas o que nos deixa realmente envergonhados é a falta punição da justiça brasileira. Casos como “Mensalão” acabam sempre arquivados. E é esta impunidade que impulsiona a degeneração da política nacional.

Tal situação poderia ser prevenida, se o tão almejado voto em séculos passados, fosse utilizado de maneira honesta e coerente no período de eleição. Esta sociedade que quer punição e soluções para corrupção é a mesma que não se conscientiza da importância do voto que elege os “comandantes” do nosso país. E na necessidade de reverter esse quadro foi criada a campanha Ficha Limpa. Seu objetivo é dar transparências a vida pregressa do candidato e tornar mais rígido o critério de elegibilidade do mesmo. Apesar de aparentar ser um caminho sem volta, há medidas que podem sim combater com eficácia a corrupção no Brasil, porém estas devem ser apoiadas pela sociedade organizada para banir de vez essas práticas.

Publicado por: daniela almeida

Flávia Ayer 22/03/2015 06:00 - Atualizado em 22/03/2015 12:00

A corrupção só acaba quando a população for honesta
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O combate à corrupção tem aparecido como uma das principais bandeiras nesta novíssima história da República que brasileiros começam a escrever. Se, por um lado, o pedido por honestidade toma as ruas desde a pressão pela aprovação da Lei da Ficha Limpa, em 2010, e, mais intensamente, a partir dos protestos de junho de 2013, por outro, cidadãos ainda encontram dificuldade de vencer seus próprios vícios. É raro verificar alguém que nunca tenha cometido pequenos desvios de conduta no cotidiano, como os listados acima. Esses comportamentos não deslegitimam o grito contra a corrupção e estão longe de ser a origem dos roubos aos cofres do governo, mas também atropelam o interesse público e mostram que o problema vai muito além dos três poderes.


“A corrupção tem dois significados: algo que se quebra e se degrada. Ela quebra o princípio da confiança, que permite a cada um de nós associar para poder viver em sociedade. Também degrada o que é público”, explica a professora do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Heloísa Starling uma das organizadoras e coautoras do livro Corrupção – ensaios e críticas. “Quando você para em fila dupla, está degradando o sentido do público. Esses desvios de conduta são uma reiteração desse fenômeno complexo da corrupção”, completa.


Já que o exemplo são as infrações de trânsito, vale lembrar que, apenas no ano passado, foram emitidas 3.980.707 multas em todo o estado, de acordo com o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). É como se 42% da frota de Minas, estimada em 9,3 milhões de veículos, fosse flagrada em atos fora da lei. “São pequenas corrupções em que o privado se sobrepõe ao público. A corrupção não se dá só na relação com o Estado, mas também com a sociedade”, acrescenta o professor de ética e filosofia política da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro.
Mas o filósofo alerta: “A pequena corrupção não é a causa da grande corrupção. Não é porque a pessoa não aprendeu a ser honesta que ela rouba a Petrobras. É porque é bandida mesmo”. Mas, de pouco em pouco, pequenos desvios de conduta podem representar prejuízos robustos. Por causa de “gatos” na rede elétrica, a Cemig calcula prejuízo de R$ 600 milhões nos últimos dois anos. Estimativa do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) revela que, de 1º de janeiro até a última quarta-feira, a sonegação fiscal no país atingiu a marca de R$ 105 bilhões.

A circulação em massa de carteirinhas estudantis falsas levou à mudança na legislação relacionada à meia-entrada. Em vez de documentos emitidos pelas instituições de ensino, uma carteira de padrão nacional com segurança física e digital passou a ser exigida desde 2013. “Isso tudo para que o estudante de verdade possa ter esse documento”, informam a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), responsáveis pela emissão.Fora do cinema e do teatro, as pequenas corrupções também estão dentro de casa. Do total de 22,7 milhões de domicílios com TV por assinatura, 4,2 milhões – o equivalente a 18,4% – têm ligações clandestinas. Os dados são da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), em pesquisa inédita feita em agosto sobre furto de sinal. Segundo o levantamento, possuir TV a cabo clandestina não parece uma contravenção para 38% dos clandestinos, o que torna maior o risco que este comportamento cresça.

A prática disseminada desses desvios de conduta levou a Controladoria-Geral da União a lançar a campanha “Pequenas Corrupções – Diga não”, sucesso na internet, com 10 milhões de usuários alcançados no Facebook.

A tentativa é combater atitudes antiéticas ou ilegais, mas culturalmente aceitas. “No Brasil, temos uma democracia sólida do ponto de vista das instituições, mas falta uma cultura mais republicana, que se preocupe com a coisa pública”, destaca Heloísa.

PRAGA DISSEMINADA O professor do Departamento de Ciência Política da UFMG, Fernando Filgueiras, autor de Corrupção, democracia e legitimidade, defende que há um elemento cultural envolvido na corrupção. “Não que esteja ligado a uma disposição de caráter dos cidadãos. Mas na forma como eles a percebem e agem frente a ela”, afirma. Segundo professor, se a sociedade percebe a corrupção como negativa, logo cria sanções morais contra ela, ao contrário dos casos em que “os custos morais para a corrupção são baixos”.


Furar fila, não declarar compras na alfândega e estacionar em local proibido são, segundo Filgueiras, pequenas formas de corrupção que se proliferam em sociedades onde há maior tolerância em relação ao problema. Para o cientista político, a sociedade brasileira tem mudado significativamente desde o processo de redemocratização, que tem a Constituição Federal de 1988 como um de seus marcos. “As pessoas hoje aderem mais às normas, estão mais convictas da importância da democracia e lutam contra a corrupção”, reforça.


Heloísa Starling destaca que a corrupção não se trata de um mal exclusivo do Brasil, mas vício que ocorre em todos países, democráticos ou não. “A ideia de se associar ao ‘jeitinho brasileiro’ cria justificativa de que o Brasil é corrupto em função da sua identidade”, questiona a historiadora. A literatura, entretanto, não cansou de associar a ideia de burlar as normas com o país. O livro mais célebre é Macunaíma, em que o autor, Mário de Andrade, apresenta um retrato do povo brasileiro a partir da história do índio que dá nome ao romance, um “herói sem caráter”.


Ao longo de sua trajetória, o antropólogo Roberto da Matta se debruçou sobre o “jeitinho brasileiro”. No livro “O que faz o Brasil, Brasil?”, ele mostra que o dilema brasileiro reside num embate entre leis universais e situações onde cada qual se salvava usando de relações pessoais. “E no meio dos dois, a malandragem, o “jeitinho” e o famoso e antipático “sabe com quem está falando?” seriam modos de enfrentar essas contradições e paradoxos de modo tipicamente brasileiro”, escreve.


O filósofo Renato Janine Ribeiro considera que isso se deve ao fato de que a via da lei, por muito tempo, não deu a certeza de que o resultado pretendido seria alcançado. “Isso está diminuindo, é uma mudança que corresponde à democracia e a maior segurança de que a via institucional funcione”.

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A corrupção no Brasil não é algo novo e talvez seja um dos maiores problemas que afeta o bem-estar da população.

Há muito tempo se fala de desvios de verbas públicas, da corrupção de políticos, da lavagem de dinheiro, do pagamento de propinas, do abuso de poder, dentre outros.

Esses temas, por serem muito atuais, sobretudo pelos esquemas da Lava Jato e da Odebrecht que ocorreram recentemente no Brasil, despertam a atenção de todos.

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Protesto contra a corrupção no país

Assim, para estudar para o vestibular e/ou Enem é muito importante estar atento aos assuntos da atualidade. Isso porque eles podem ser cobrados tanto nas provas, como na redação.

Portanto, confira as dicas de como fazer uma redação sobre o tema da “Corrupção no Brasil”, passo a passo.

1. Conceituação do Tema

A corrupção só acaba quando a população for honesta

Conceito de corrupção segundo o dicionário online de português - Dicio

Antes de mais nada, o estudante deve refletir a respeito do tema, ou seja, procurar saber seu conceito. Portanto, o que é Corrupção?

Corrupção envolve interesses e vantagens utilizadas em função do benefício próprio ou de outrem. Esse ato de corromper pode ser realizado pelo suborno, desvio de verbas, uso de recursos para benefício próprio, de informações confidenciais, etc.

Na concepção do jurista brasileiro Calil Simão:

“A corrupção social ou estatal é caracterizada pela incapacidade moral dos cidadãos de assumir compromissos voltados ao bem comum. Vale dizer, os cidadãos mostram-se incapazes de fazer coisas que não lhes tragam uma gratificação pessoal.”

2. Pesquisa e Levantamento de Dados

A corrupção só acaba quando a população for honesta

A pesquisa é uma das partes mais importantes da produção textual

Após conceituar o tema, é importante realizar o levantamento de informações e dos dados atuais com foco no Brasil.

Para isso, nesse momento, o estudante deve analisar as causas, motivos, história, consequências e soluções para a corrupção no país.

A leitura de jornais e revistas podem ser boas alternativas para a coleta de dados atuais sobre o tema.

Um dos maiores esquemas de corrupção da história do Brasil que envolveu a lavagem de dinheiro e o pagamento de propina para muitos políticos. Essa operação foi responsável por movimentar bilhões de reais desde 2014.

Interessante notar que os envolvidos na Operação Lava Jato são políticos, inclusive o Presidente da República, e ainda, empresários de empresas como a Petrobras.

Atualmente, as investigações estão em andamento e mais de uma centena de pessoas foram condenadas.

Esquema Odebrecht

A empresa Odebrecht, que atua nas áreas de construção e engenharia, esteve envolvida em casos de corrupção. Destacam-se o pagamento de propina a diversos países onde ela atua.

Nesse caso, o diretor Marcelo Odebrecht foi condenado em 2016 em quase 20 anos de prisão. O Grupo Odebrecht está sendo investigado por estar ligado aos esquemas de corrupção da Operação Lava Jato.

Outros exemplos

Muitos problemas da corrupção no Brasil provêm de casos envolvendo políticos, deputados, senadores.

Assim, além desses dois casos atuais citados acima, também podemos mencionar: o esquema P. C. Farias, os governos de Paulo Maluf e Fernando Collor, o Mensalão, dentre outros.

Vale lembrar também que há muitos casos de corrupção considerados menores. Esses, envolvem os próprios cidadãos, como por exemplo: a sonegação de impostos, o suborno de autoridades, etc.

Causas da Corrupção

  • Falta de punição
  • Problemas de fiscalização
  • Leis ineficazes, lentas e desiguais

Consequências da Corrupção

  • Afeta o bem-estar dos cidadãos
  • Gera diversos problemas econômicos
  • Aumenta a desigualdade social e a violência

Soluções para acabar com a corrupção

Além de pensar nas causas e consequências, é importante refletir sobre as soluções para acabar ou diminuir o problema no país. Nesse caso, podemos citar alguns:

  • Aumento da fiscalização
  • Produção de leis eficientes e igualitárias
  • Punição para os envolvidos em casos de corrupção

3. Organização das ideias

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Organizar as ideias e fazer um rascunho são essenciais para a produção da redação

Depois de coletar os dados necessários para fazer a redação, nesse momento, o estudante deve reunir as informações coletadas para criar um rascunho. Essa parte é importante para que a organização de ideias dentro do texto comece a ser moldada.

Nessa fase, o aluno pode pensar no título também. Lembrando aqui que o "tema" e o "título" são coisas diferentes.

O tema é o assunto, que nesse caso, é a corrupção no Brasil. Já o título, é o nome que será dado ao texto, por exemplo: “Os esquemas de corrupção no Brasil”.

Veja também: Temas de redação para o Enem

4. Produção do Texto

A corrupção só acaba quando a população for honesta

A produção do texto deve ser organizada e seguir a estrutura básica textual

Seguindo a estruturação básica dos textos, o estudante deve dividir o rascunho em partes: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

Na introdução, apresenta-se um resumo do que será redigido ao longo do texto. Nesse momento, as principais informações devem ser apontadas, para que assim, o leitor compreenda o assunto que será discorrido.

Já no desenvolvimento, o aluno deve reunir os dados mais relevantes e atualizados sobre o tema e apontar as causas e as consequências. Aqui, a construção coerente de argumentos é essencial.

Na conclusão, o estudante faz um apanhado geral das informações que foram apresentadas, e ainda, explora algumas soluções para o tema proposto. Nessa parte do texto, é importante ser criativo.

Obs: Lembre-se que o texto não é um emaranhado de frases. Ele deve ser claro, coeso e coerente. Portanto, se tiver dúvida a respeito de alguma informação ou palavra, é melhor consultar.

Resumo e dicas finais

Para que a redação seja realizada de maneira coerente e coesa, o estudante não deve fugir do tema.

Muitos concursos, vestibulares e Enem oferecem textos de apoio que deverão ser lidos com cuidado.

Assim, após a leitura desses textos, o rascunho deverá ser feito de acordo com o que foi proposto e levando em conta seu conhecimento sobre o tema.

Outro ponto importante é focar no tipo de texto. O mais pedido nas provas é o dissertativo-argumentativo, onde o aluno coloca suas próprias opiniões, sem usar a primeira pessoa do singular (eu).

Logo, o texto deve ser escrito na terceira pessoa do singular ou plural (ele, eles) e respeitando as regras gramaticais.

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