Quem vivia nas terras que os vaqueiros começaram a ocupar porque houve conflitos nessas terras

O presente trabalho pesquisa os dois últimos censos nacionais do IBGE (1991 e 2000), os quais estabeleceram a autoclassificação como critério para definição de raça/cor de cada pessoa. Buscando explicações para o acelerado crescimento da população autodeclarada indígena neste período, é feito um trabalho de decomposição dos dados, por situação de domicilio, demonstrado em gráficos. Em seguida, com base nos dados censitários, são feitas análises da distribuição espacial desta população, tanto da população indígena total, quanto da sua participação no número de habitantes, trabalhando-se com as escalas municipal, estadual e regional, e também com as situações de domicílios rural e urbana, todas apresentadas também em mapas e tabelas. Neste sentido, os dados censitários são também comparados às quantificações da FUNAI e FUNASA. O trabalho também é composto por uma contextualização histórica, a qual procura delimitar o campo de pesquisa num contexto histórico geral dos índios do Nordeste, desde a conquista e colonização portuguesa até a situação atual, com a emergência de diversos povos indígenas. Outra etapa da pesquisa foi o levantamento bibliográfico, do qual resultou o capitulo de discussão teórica conceitual, acerca das principais temáticas do trabalho, como grupos étnicos, identidade, território, e categorias censitárias. Finalmente, com base nas escolhas conceituais, na recuperação do contexto histórico, e nas análises efetuadas, são definidos três tipos ideais, classificatórios, para a população indígena do Nordeste, também localizados de maneira geral nos mapas. Esta proposta, aproximando-se de elementos de analise mais dinâmicos, busca refletir a diversidade e distribuição espacial dos autodeclarados indígenas na região, indicando assim uma alternativa às análises do IBGE e da FUNAI quanto ao crescimento da população indígena do Nordeste e sua espacialidade.

O desenvolvimento da pecuária no período colonial aconteceu com o próprio processo de colonização, quando os portugueses trouxeram as primeiras reses para a realização da tração animal, o consumo local e o transporte de cargas e pessoas. Com o passar do tempo, o aumento dessa população bovina gerou um problema aos plantadores de cana. Afinal de contas, o gado acabava ocupando um espaço que era originalmente reservado ao desenvolvimento da economia açucareira.

Com o passar do tempo, a criação de gado passou a ocupar regiões do interior do território que não interferissem na produção de açúcar do litoral. Tal experiência, ocorrida principalmente na região Nordeste, fez com que os primeiros criadores de gado adentrassem o território e rompessem com os limites do Tratado de Tordesilhas. No século XVIII, essa experiência foi potencializada por um decreto da Coroa Portuguesa que proibia a criação de gado em uma faixa de terras de oitenta quilômetros, da costa até o interior.

Seguindo o fluxo de diferentes rios, os criadores de gado adentravam o território e, consequentemente, expandiam involuntariamente as possessões coloniais. Ao mesmo tempo em que favoreciam o alargamento das fronteiras, a atividade pecuarista desenvolvia relações sociais e econômicas que se distanciavam dos padrões tradicionalmente ditados pelas plantations agroexportadoras e escravistas do litoral brasileiro.

Geralmente, os trabalhadores ligados à pecuária eram brancos, mestiços, índios e escravos alforriados. A existência de escravos era minoritária e grande parte desses trabalhadores – na qualidade de vaqueiros e peões – recebiam uma compensação financeira, considerada regular, pelos seus serviços. Os vaqueiros, que coordenavam as atividades junto ao gado e comandavam os peões, recebiam um quarto das crias do rebanho nascidas ao longo de um período de quatro ou cinco anos.

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Por meio desse sistema, vemos que a pecuária colonial também era marcada por interessante mobilidade social, que permitia que os vaqueiros se tornassem donos do seu próprio rebanho. Paralelamente, vemos que a pecuária colonial destoava das políticas econômicas privilegiadas pela Coroa Portuguesa. Ao invés de produzir riqueza visando à conquista do mercado externo, a pecuária desse tempo concentrava-se no abastecimento das cidades e outros povoamentos do território brasileiro.

Através da consolidação da economia mineradora, observamos que a pecuária passava também a atingir a região Sul do nosso território. As condições do relevo e da vegetação desse espaço motivaram a fundação de fazendas de gado voltadas para o abastecimento de vários centros urbanos, formados nesse período. Além do charque, um tipo de carne seca, os pecuaristas dessa região também lucravam com a exportação de couro e animais de transporte.

Com a crise mineradora, notamos que a pecuária se espalhou por outras regiões do território brasileiro, como, Goiás, Minas e Mato Grosso. Nesse momento, a pecuária já ocupava uma posição sólida no desenvolvimento da economia. Além de contar com características próprias, a pecuária nos revela traços de nossa colonização que extrapolam os limites do interesse metropolitano e da exploração voltada para as grandes potências.

Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Mundo Educação

Quem vivia nas terras que os vaqueiros começaram a ocupar por que houve?

Resposta. Resposta: quem vivia nas terras que os vaqueiros começaram a ocupar? Os indígenas.

Porque houve conflito nessa terra?

O contexto do conflito de terra atual tem sempre uma relação com extrativistas – de minério ou madeira –, necessidade de escoamento do monocultivo de soja e milho em estados como Mato Grosso, Pará, Tocantins, abertura de estradas; tudo isso com financiamento público porque interessa ao governo.

Qual é a relação entre os vaqueiros do Nordeste e os mineradores?

Resposta. Resposta:os vaqueiros eram pessoas q trabalhavam com animais q pode ser vacas e outros animais. e mineradores são aqueles que trabalham em minas,túneis assim pegando pedras tipo our,ferro,metal,diamante,cobre,alumíni e entre outros.

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