Quando uma massa de ar frio desloca uma massa de ar quente provoca a formação de chuvas fortes ou fracas?

Formadas nas áreas de encontro entre massas de ar diferentes, as frentes de ar podem ser classificadas em frentes frias e frentes quentes.

As frentes de ar são as zonas de contato entre duas diferentes massas de ar. Portanto, quando uma massa de ar quente e uma massa de ar fria encontram-se, forma-se, entre elas, uma frente, que adquirirá as características daquela massa que estiver preponderante em termos de comportamento climático.

Para entender, assim, como atuam as frentes, é preciso compreender a dinâmica das massas de ar, que são porções da atmosfera que se deslocam conjuntamente e possuem as mesmas características de temperatura, pressão atmosférica e umidade. Elas, basicamente, herdam essas características de suas regiões formadoras: áreas polares produzem massas de ar mais frias e áreas tropicais e equatoriais produzem massas de ar mais quentes.

Existem, nesse sentido, as chamadas frentes frias e frentes quentes, resultantes dos fenômenos ocasionados no momento do encontro entre massas de ar distintas.

Frentes frias – ocorrem quando uma massa de ar frio provoca o recuo de uma massa de ar quente em função de sua pressão atmosférica. O ar com menores temperaturas, mais denso, posiciona-se mais próximo à superfície, fazendo com que o ar quente suba por ser mais leve, o que causa algumas fortes pancadas de chuva na região em questão.

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Frentes quentes – é quando uma massa de ar quente apresenta uma pressão atmosférica mais elevada e provoca o recuo da massa de ar frio. O ar quente, menos denso, acende na atmosfera em forma de “rampa”, barra a continuidade do ar frio e provoca chuvas mais brandas e contínuas por vários dias.

O encontro entre massas de ar que formam as frentes, geralmente, envolve massas polares, que são geradas nos extremos norte e sul do planeta, e massas tropicais, geradas nas localidades posicionadas entre os trópicos de Câncer e Capricórnio.

Os observatórios climáticos e centros de previsão meteorológica estão sempre em alerta com relação à movimentação das massas e à formação das frentes de ar, pois, a depender da forma como elas se manifestam, o clima de determinadas áreas pode transformar-se abruptamente.

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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aprox- imamos das regiões subtropicais e temperadas, essas dif- erenças vão ficando cada vez mais claras: no inverno, as noites são mais longas; no verão, os dias duram mais. Essa é uma das explicações para o horário de verão: quando se adianta uma hora nos relógios dos estados da porção Sul, para que haja melhor aproveitamento da luz solar, economiza-se mais energia elétrica. Não é adotado na porção Norte, porque não haveria resultados práticos. O que explica essa diferente insolação recebida por todo o território brasileiro é o movimento de translação e suas consequências: os solstícios e equinócios, que configuram as estações do ano, bem como a inclinação do eixo de ro- tação da Terra. A troposfera (local de movimentação das massas de ar) não é uma camada homogênea e, por isso, as massas de ar são classificadas de acordo com a latitude e as suas regiões de origem, continental ou marítima. As massas que se orig- inam em latitudes altas são chamadas de massas polares ou árticas e as massas de ar que se formam em latitudes baixas são denominadas massas de ar tropical ou equa- torial. Massas de ar continentais são secas, enquanto que as marítimas são de monção úmida. Os sistemas frontais separam as massas de ar que têm diferentes densidades e temperaturas. Uma vez que uma massa de ar se move para longe de sua região de origem, fatores como a vegetação e disponibilidade de água numa determinada região podem modificar rapidamente o seu caráter. Isto quer dizer que, ao se deslocarem, as massas de ar vão aos poucos, perdendo as suas características de temperatura, pressão e umidade originadas no momento de sua formação. Esse desloca- mento ocorre sempre no sentido das altas pressões para as baixas pressões. Frentes quentes e frentes frias Frente quente é a parte dianteira de uma massa de ar quente em movimento. O ar frio é relativamente den- so e o ar quente tende a dominá-lo, produzindo uma larga faixa de nuvens e uma chuva fraca e persistente e às vezes nevoeiro esparso. As frentes quentes ten- dem a deslocar-se lentamente e podem ser facilmente alcançadas por frentes frias, formando frentes oclusas. Quando uma frente deixa de se mover, chamamos de frente estacionária. As frentes quentes deslocam-se do equador para os polos. Como o ar quente é menos denso que o ar frio, a massa de ar quente sobe por cima da massa de ar mais frio e geralmente ocorre precipitação. A temperatura eleva-se já ligeiramente antes da chegada da frente quente, porque as nuvens aumentam localmente o “efeito de estufa” na atmos- fera, absorvendo radiação da superfície terrestre e emitindo radiação de volta à superfície. Uma frente quente é representada simbolicamente por uma linha sólida com semicírculos que apontam para o ar frio e na direção do movimento. Frente fria é a borda dianteira de uma massa de ar fria, em movimento ou estacionária. Em geral a massa de ar frio apresenta-se na atmosfera como um domo de ar frio sobre a superfície. O ar frio, relativamente denso, introduz-se sob o ar mais quente e menos denso, provocando uma queda rápida de temperatu- ra junto ao solo, seguindo-se de tempestades e tam- bém de trovoadas. As frentes frias deslocam-se dos Fonte: YoutuBe multimídia: vídeo Documentário de 2010 “Clima – Criando a paisagem” 2. ElEmEntos do clIma do BrasIl: as massas dE ar Massa de ar, em meteorologia, são grandes porções de ar que apresentam condições internas de temperatura, pressão e umidade relativamente homogêneas, influen- ciadas pela região onde são formadas. Cobre centenas ou milhares de quilômetros quadrados e possui as mes- mas características da superfície que está abaixo dela. O local de formação da massa de ar é denominado região de origem e é neste local que a massa de ar irá adquirir suas características de temperatura, pressão e umidade. Portanto, uma massa de ar que se forma sobre uma su- perfície gelada, como a Antártida, apresenta característi- cas típicas dessa região, ou seja, temperatura baixa, alta pressão e pouca umidade. 22 polos para o Equador, predominante de No- roeste, no Hemisfério Norte, e de Sudoeste no Hemisfério Sul. Não estão associadas a um pro- cesso suave: as frentes frias movem-se rapi- damente e forçam o ar quente a subir. Quando uma frente fria passa, a temperatura pode baixar mais de 5 °C só durante a primeira hora. Quan- do uma frente deixa de se mover, designa-se por frente estacionária. Uma frente fria é represen- tada simbolicamente por uma linha sólida com triângulos que apontam para o ar quente e na direção do movimento. Frente fria Frente quente Frente oclusa Frente estacionária 2.1. O mecanismo das massas de ar no Brasil As massas de ar constituem elemento determinante dos climas brasileiros porque podem mudar bruscamente o tempo nas áreas onde atuam. O Brasil sofre a influência de praticamente todas as massas de ar que atuam na América do Sul, exceto as que têm ori- gem no oceano Pacífico (oeste), cuja influência é limitada pela cordilheira dos Andes que barra a sua passagem para o interior do continente. O mecanismo das massas de ar no Brasil depende da circu- lação geral da atmosfera na Terra. Por ter 92% de seu território na zona tropical e estar loca- lizado no Hemisfério Sul, onde as massas líquidas (oceanos e mares) ocupam mais espaço do que as massas sólidas (terras), o Brasil é influenciado predominantemente pelas massas de ar quente e úmida. 2.1.1. Massa equatorial continental (mEc) Quente e úmida, com origem na região noroeste da Ama- zônia. Durante o inverno, essa massa restringe sua atuação à Amazônia ocidental, que é chuvosa durante todo o ano. No verão ocorre o escoamento de ar quente e úmido em baixos níveis altimétricos, em direção às latitudes mais al- tas e a leste. Ou seja, durante o verão, a massa equatorial continental exerce influência sobre a Amazônia oriental, Meio-Norte (PI e MA), Centro-Oeste, Sudeste e, às vezes, sobre o sertão nordestino. Tem papel fundamental no transporte de umidade para outras regiões do país, devido ao forte processo de evapotranspiração da floresta. 2.1.2. Massa equatorial atlântica (mEa) Quente e úmida, formada no Atlântico equatorial e atuan- te sobretudo nos litorais do Nordeste e amazônico (Pará e Amapá). Essa massa contribui com 45% das chuvas que caem durante o período chuvoso nas proximidades da costa litorânea leste dos estados do Pará e Amapá. A massa equa- torial atlântica, ao encontrar com o ar do continente, forma as chamadas linhas de instabilidade (LI), caracterizadas pelos grandes conglomerados de nuvens cumulonimbus (nuvens cinzas que causam chuvas e trovoadas). São formadas gra- ças à circulação de brisa marítima – por influência da mEa –, podendo prolongar-se para o interior do continente ou até mesmo para o extremo oeste da Amazônia. A mEa é a causadora de precipitações na Amazônia central durante a estação seca (inverno); ao cair da tarde, em virtude da di- minuição da temperatura do ar e do acúmulo de vapor de água, ocorrem chuvas convectivas nas áreas dessas linhas. No litoral nordestino, causa chuvas principalmente no perío- do de inverno – de maio a setembro –, época em que a ZCIT se desloca para o norte e a circulação dos ventos alísios se intensifica (sopram para leste), trazendo mais chuvas. As Linhas de Instabilidade – LI, que se formam princi- palmente nos meses de verão no Hemisfério Sul (de- zembro a março), encontram-se ao sul da Linha do Equador influenciando as chuvas no litoral norte do Nordeste e regiões adjacentes e ocorrem no período da tarde e início da noite. As Linhas de Instabilidade são bandas de nuvens causadoras de chuva, normalmente do tipo cumulus, organizadas em forma de linha (figura), daí o seu nome. Sua formação se dá basicamente pelo fato de que com a grande quantidade de radiação solar incidente sobre a região tropical ocorre o desenvol- vimento das nuvens cumulus, que atingem um nú- mero maior à tarde, quando a convecção é máxima,

O que acontece quando uma massa de ar frio desloca uma massa de ar quente?

Quando a massa de ar frio é que provoca o recuo de uma massa de ar quente, formam-se então as frentes frias, provocando rápidas quedas de temperatura, com chuvas e trovoadas que podem ser bem rápidas, dependendo da velocidade com que a frente fria se desloca.

Quando uma massa de ar fria Desloca

UMA FRENTE É FORMADA, QUANDO UMA MASSA DE AR DESLOCA-SE EM DIREÇÃO A OUTRA MASSA, É DEFINIDA PELA ZONA DE TRANSIÇÃO OU DESCONTINUIDADE ENTRE DUAS MASSAS DE AR COM CARACTERÍSTICAS DIFERENTES. QUANDO UMA MASSA DE AR FRIA AVANÇA SOBRE OUTRA MAIS AQUECIDA. DEFINE NA SUA DIANTEIRA A FRENTE FRIA.

Qual é a relação entre massa de ar e as frentes quentes e frias?

A frente quente forma-se quando o ar quente avança sobre a região que era ocupada pelo ar frio, formando áreas que são posteriormente aquecidas. Quando uma frente fria se aproxima, esta empurra o ar quente para a frente e para cima, formando nuvens densas que originam chuvas e temporariamente trovoadas.

O que são massas de ar quente e frio?

Quente: As massas de ar quente são as que se originam nas zonas tropicais (formadas entre os trópicos de câncer e capricórnio) e as massas equatoriais (surgem próxima a linha do Equador). Fria: As massas de ar fria são caracterizadas por serem uma vez que surgem nas regiões polares do globo: polo norte e polo sul.

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