Qual foi a energia da Revolução Industrial?

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A Revolução Industrial é um tema muito comum no vestibular. Muitos estudantes, no entanto, acabam se confundindo quando pesquisam sobre o assunto, afinal existem muitas fontes que falam sobre as fases da Revolução Industrial, considerando a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo como uma segunda etapa e os avanços tecnológicos contemporâneos como uma terceira parte.

Quando falamos da Revolução Industrial, de modo geral, não estamos tratando das locomotivas ou dos celulares. O primeiro período dessa revolução é o que nos interessa: no século XVIII, diversas mudanças começaram a acontecer, e o trabalho artesanal passou a ser substituído pelo uso de máquinas.

A Inglaterra no século XVIII

‌‌(Fonte: Giphy)

No século XVIII, a Inglaterra era um país bastante estável, sua situação política era favorável e a infraestrutura bancária estava bem consolidada. Com muitos portos naturais e rios que incentivavam a navegação, o país começava a ser reconhecido como uma potência econômica e passava por um êxodo rural, no qual os trabalhadores do campo, sem mais opções, foram para a cidade grande.

Em 1767, James Hargreaves inventou a máquina de fiar. Três anos depois, Richard Arkwright criou o tear hidráulico e James Watt inventou a máquina a vapor. A partir dessas três criações, deu-se início às mudanças que ficaram conhecidas como Revolução Industrial.

As máquinas na Revolução Industrial

‌‌(Fonte: Giphy)

A fabricação de tecidos foi a primeira a ser impactada pelas mudanças, quando as máquinas de fiar e tecer começaram a utilizar o vapor como fonte de energia. Mas esses foram apenas os primeiros passos: com grandes quantidades de ferro e carvão, os ingleses produziram cada vez mais máquinas a vapor e utilizaram o metal no lugar da madeira, criando máquinas mais resistentes.

Em 1785, Edmund Cartwright trouxe ao mundo a criação que começou uma nova era: o tear mecânico, que podia ser operado por mão de obra não especializada. Com máquinas cheias de engrenagens bem-feitas, que nunca se cansavam e duravam muito tempo, a indústria passou a se indispor com seu outro recurso, que parecia menos útil e mais cansado: o homem.

O trabalhador na Revolução Industrial

(Fonte: Giphy)‌‌

Quando a produção artesanal já não era mais uma opção, os trabalhadores passaram a operar as máquinas, ficando conhecidos como classe operária. Mas as mudanças na vida deles não eram, nem de perto, tão interessantes e revolucionárias quanto as que ocorreram nas fábricas.

Mulheres e crianças eram uma mão de obra mais comum porque seus salários eram muito menores do que era oferecido aos homens. As condições de trabalho de todos, no entanto, eram muito precárias, com mais de 16 horas de atividades por dia, passando por situações que colocavam em risco a saúde e a vida das pessoas. Isso gerou revoltas e protestos que tiveram resultados com reverberações que ainda persistem. O movimento mais conhecido foi o Ludita, de 1811, que incentivou a destruição das máquinas pelos trabalhadores.

Na década de 1830, surgiram os sindicatos (Trade Unions), que passaram a lutar pelos direitos dos trabalhadores. Foram eles que conseguiram impedir o trabalho infantil, já que as crianças eram as que mais sofriam nas fábricas, sendo colocadas em diversas situações de risco. Outra conquista da época foi o apoio aos operários demitidos, especialmente porque muitos saíam das empresas sem a capacidade de continuar trabalhando, por estarem com a saúde muito fragilizada.

A Revolução Industrial foi um marco na história e deu início a diversas mudanças importantes para o mundo moderno, entre elas a união dos trabalhadores em busca de seus direitos.

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Memória

Há 142 anos nascia a primeira fábrica moderna de São Paulo, movida a vapor

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No Brasil de 1885 “todo mundo” sabia fiar, observou um funcionário consular estrangeiro da época, segundo um ensaio de 1976 escrito pelo historiador e brasilianista norte-americano Warren Dean. A prática vinha de um tempo em que havia poucas fábricas de fiação e tecelagem no país, e a maioria das famílias precisava conhecer essa arte para confeccionar as próprias roupas. Na Inglaterra, as fábricas têxteis existentes no século XVIII utilizavam energia hidráulica e ganharam um impulso maior em 1785, quando foram as primeiras a usar motores movidos a vapor – as estrelas da Revolução Industrial. No Brasil, uma das mais bem-sucedidas aplicações da máquina a vapor se deu na fábrica de tecidos São Luiz, em 1869. Fundada em Itu, no interior paulista, foi a primeira indústria que poderia ser chamada de moderna no estado e tornou-se modelo para outros empreendimentos semelhantes.

A maior contribuição da São Luiz foi utilizar um motor a vapor que fazia funcionar máquinas de desencaroçar algodão, de fiação e de tecelagem. “Por não depender de energia hidráulica, as fábricas com a nova técnica poderiam ser construídas em qualquer lugar e não mais necessariamente à beira de rios”, diz a historiadora especializada em arqueologia industrial Anicleide Zequini, do Museu Republicano Convenção de Itu, uma extensão do Museu Paulista da Universidade de São Paulo. “Outra consequência importante foi mostrar que o trabalho livre e remunerado funcionava bem e a mão de obra escrava não era fundamental na indústria que começava a se formar.”

A instalação de fábricas têxteis nas regiões de Itu e Sorocaba – a maioria delas utilizando energia hidráulica – se deu pela necessidade de fabricação de tecidos e sacaria, mas também em consequência da guerra civil norte-americana (1861-65), que impediu a exportação de algodão bruto para a Europa. Ingleses da São Paulo Railway, ferrovia que ligava o planalto ao porto de Santos, viram no Brasil uma alternativa de importação do produto e incentivaram o plantio da cultura.

A São Luiz teve cinco fundadores. O maior acionista, Luiz Antonio de Anhaia, foi o idealizador do projeto. Tudo foi comprado nos Estados Unidos da companhia Lidgerwood: projeto da planta, maquinaria, planejamento e treinamento para os trabalhadores. A fábrica, com uma chaminé de 15 metros, começou com 62 máquinas, entre as quais 24 teares. A caldeira gerava o vapor que fazia funcionar o eixo do sistema de transmissão que atravessava o salão onde ficavam os teares. Cada tear era ligado a esse eixo por uma correia. Ao girar, o eixo movimentava a correia, que acionava o tear manuseado por operárias. “Em 1873 trabalhavam no local 24 mulheres, 10 homens e 18 meninos”, conta Anicleide. A produção era destinada às roupas de escravos, de trabalhadores rurais e ao ensacamento de sal e café.

Em 1903 a fábrica passou a funcionar também com energia elétrica. Esteve ativa até 1982 e foi tombada como patrimônio histórico. Hoje é propriedade da família Pacheco Jordão, usada para eventos culturais ou de moda. Importante para São Paulo, a São Luiz não foi a primeira fábrica brasileira a usar motor a vapor. De acordo com os historiadores Francisco Foot Hardman e Victor Leonardi em História da indústria e do trabalho no Brasil: das origens aos anos 20 (Global Editora, 1982), no Rio de Janeiro a fábrica São Pedro de Alcântara utilizava o vapor desde 1852. Na Bahia, a Conceição dos Mares funcionou com energia hidráulica e a vapor na década de 1840.

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Qual a energia na Revolução Industrial?

Durante a Revolução Industrial, o uso do carvão mineral como fonte de energia deu um grande impulso à indústria e aos transportes. Isso propiciou o funcionamento dos motores a vapor instalados nas máquinas fabris, nas locomotivas e nos navios.

Qual era a energia usada depois da Revolução Industrial?

Uma das principais características da Segunda Revolução Industrial foi a utilização de novas fontes de energia, sendo essas a eletricidade e o petróleo.

Como era a energia usada antes da Revolução Industrial?

Até a revolução industrial, a energia mais utilizada vem da madeira e do carvão. Seu consumo estava produzindo um enorme desmatamento. Essas fontes de energia não poderiam atender às novas necessidades energéticas, tiveram que recorrer ao carvão mineral extraído das minas em que se aprofundou cada vez mais.

Qual foi o primeiro tipo de energia?

As primeiras formas de energia mecânica que o homem utilizou foram o esforço muscular ( humano e animal), a energia eólica (do vento) e a energia hidráulica, obtida pelo aproveitamento da correnteza dos rios.

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