As novas tecnologias de informação, comunicação e transportes, e a liberalização das trocas reforçam a globalização da economia e a uniformização dos hábitos culturais pela facilidade de divulgação e distribuição de produtos. Neste mundo global os EUA têm sofrido a concorrência neoliberal de tipo americano da Ásia-Pacífico, da União Europeia e da China (com o seu socialismo de mercado).
As novas tecnologias de informação, comunicação e transportes e a liberalização das trocas reforçam a globalização da economia devido à cada vez mais rápida divulgação e distribuição de produtos, permitindo a sua aquisição quase em qualquer ponto do mundo, o que contribui para influenciar a vida das pessoas e uniformizar os hábitos culturais. Mas a globalização também ampliou a capacidade de enriquecimento da cultura através do conhecimento disponibilizado, sobretudo pela internet, cujo uso é potenciado se for usada com espírito crítico.
A globalização económica fomenta a competitividade, o que levou a uma maior tendência de aplicação das teorias neoliberais dos EUA, baseadas na liberdade de circulação e na liberdade de concorrência para estimular a produção e o emprego.
Nos anos 90, os EUA, com uma economia aparentemente forte, criaram o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA) para suprimir os entraves à circulação. Apesar do volume de exportação de tecnologias de ponta (dominando a nível informático com a Microsoft) importavam grande quantidade de bens de consumo, o que aumentava o seu défice comercial e dívida externa, bem como a concorrência da União Europeia (UE), da Ásia-Pacífico e da China.
A transformação da CEE em UE (1993) permitiu a liberdade de circulação de pessoas, bens e serviços e reforçou o mercado europeu com a adoção de uma moeda única (o euro). A UE tem procurado fortalecer a sua posição no comércio internacional e manter um modelo de desenvolvimento económico em que o bem-estar social não seja descurado (mais providencialista).
A Ásia-Pacífico assistiu a vagas de desenvolvimento. A primeira emergiu nos anos 70, quando os Novos Países Industrializados (NPI) – Singapura, Taiwan, Coreia do Sul e Hong Kong – desenvolveram a sua indústria têxtil e eletrónica captando investimentos estrangeiros, em tecnologia e capital, através da concessão de benefícios fiscais. A existência de uma abundante mão de obra, com baixos salários e sem encargos com apoios sociais, atraiu sobretudo capitais americanos.
A progressiva aposta na investigação científica e tecnológica desagradou ao Japão e EUA devido à concorrência. Mas foi a democratização destes países que, ao conceder mais direitos e formação aos trabalhadores, afastou o investimento estrangeiro para outros países de mão de obra barata e com mais benefícios fiscais – emergia, assim, nos anos 80 a 2ª vaga de NPI – Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas.
Em 1993, a APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico) criou uma zona de comércio livre para estimular a cooperação intra-asiática, numa altura em que a China se começava a destacar com o seu socialismo de mercado. Este fora criado por Deng Xiaoping, em 1978, sob o lema “um país, dois sistemas”. Por um lado, mantinha um regime dirigista e autoritário sob o poder do Partido Comunista, por outro, apostava numa modernização económica assente na liberdade de iniciativa com exceção dos setores da tecnologia militar e telecomunicações, que eram monopólio estatal.
A nível agrícola descolectivizou a terra e arrendou-a a camponeses que podiam comerciar os excedentes, melhorando a sua situação. Fomentou a investigação científica e tecnológica e a produção têxtil, eletrónica, metalúrgica, informática, automóvel, entre outras, nas Zonas Económicas Especiais, onde se produzia para exportar e se permitia o investimento estrangeiro, sendo as multinacionais atraídas por uma abundante mão-de-obra, barata, não qualificada e sem apoios sociais.
Reestabeleceu relações diplomáticas com o Japão (1978) e com os EUA (1979) para fomentar a abertura económica. Atualmente a China é a segunda potência económica mundial com um mercado de cerca de 1300 milhões de consumidores. Desde 2001 faz parte com o Brasil, a Rússia, a Índia e a África do Sul dos BRICS, países em crescimento económico, com estabilidade política, que produzem e exportam em quantidade devido aos seus recursos minerais e abundante mão de obra (em processo de qualificação).
Olá! Esta aula de Geografia é destinada a educandos da 7ª Série da Eaja.
Esta aula pretende explicar a globalização e analisar as tecnologias utilizadas no cotidiano.
Assista a videoaula abaixo, com a temática – Geografia – Tecnologias e Globalização
Tecnologias e Globalização
A globalização é caracterizada pelo intenso intercâmbio econômico e sociocultural entre diferentes povos e lugares do planeta. Alguns fatores como o avanço tecnológico nos meios de comunicação e transporte ampliaram a inter-relação entre pessoas situadas em diferentes lugares do planeta.
O mundo atual é marcado por uma intensa inter-relação entre as pessoas e os lugares. Por intermédio dos meios de comunicação, como internet, televisão, jornais e revistas, podemos obter informações rapidamente sobre os acontecimentos de diferentes lugares do planeta. Além disso, os meios de transporte da atualidade possibilitam que produtos e pessoas cheguem a diferentes lugares da superfície terrestre de maneira rápida e eficiente. Essa inter-relação não é um fenômeno recente. Ela foi construída pelo ser humano no decorrer da História, por meio do seu relacionamento com a natureza, intermediado pelas técnicas. O resultado desse processo foi a intensificação do desenvolvimento das técnicas industriais, de comunicação e de transporte, integrando cada vez mais diferentes lugares do espaço geográfico, o que muitos estudiosos denominam GLOBALIZAÇÃO. Para vários estudiosos, a globalização corresponde à atual fase do sistema capitalista.
Os avanços tecnológicos nos meios de telecomunicação, com a utilização de cabos de fibras ópticas, satélites, computadores e internet, por exemplo, possibilitaram às pessoas localizadas em diferentes lugares do planeta que pudessem se comunicar ou fazer negociações comerciais em tempo real. A imagem abaixo representa bem essa situação. Observe:
Disponível em: <//cdn.pixabay.com/photo/2018/04/30/07/39/technology-3361983_960_720.jpg>. Acesso em: 31 de Agosto 2021.
A globalização e as tecnologias do cotidiano
Os avanços tecnológicos acarretaram mudanças expressivas no dia a dia das pessoas, de forma que muitos estudiosos defendem que vivenciamos, na atualidade, uma “sociedade da informação”. Exemplos dessas tecnologias: a internet, microeletrônica (chip), comunicação sem fio (wireless).
Disponível em: <//cdn.pixabay.com/photo/2014/08/05/10/27/iphone-410311340.jpg>. Acesso em: 03 de Março 2021.
A internet – atualmente, essa tecnologia da comunicação vem se expandindo cada vez mais entre a população mundial, sobretudo entre a parcela da população que possui recursos financeiros para adquirir esse meio de comunicação. A cada dia, oferece uma série de facilidades para a realização de tarefas do cotidiano, como: Pagamento de contas, envio de mensagens, compra de produtos, obtenção de informações variadas, acesso a rede sociais.
Atividades
Agora chegou o seu momento para mostrar o que aprendeu. Responda de acordo com o texto estudado.
Questão 1 – Explique o que você entendeu do termo “Globalização”.
Questão 2 – Identifique e escreva algumas atividades diárias que você realiza e que utiliza tecnologias mostradas neste estudo.
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento: | (EAJAGE0711) Analisar a inserção das tecnologias nos processos e meios de produção industriais na perspectiva da Globalização excludente. |
Referências: | DELLORE, Cesar Brumini. Araribá Mais: Geografia. Editora Moderna, 1ª Ed, São Paulo, 2018. 6º ao 9º. PNLD 2020. TORREZANI, Neiva Camargo, vontade de saber: geografia. Quinteto Editorial, 1ª Edição. São Paulo, 2018. Ensino Fundamental, séries finais 9º ano. |