Fórum 12
Os vocábulos em português se distribuem em dois sistemas, o aberto e o fechado. Ao sistema aberto pertencem os vocábulos aos quais podem ser acrescentadas
novas criações, é assim definido pelo fato de seu número de palavras ser ilimitado, podendo ser ampliado ao longo do tempo. A esse sistema pertencem às classes dos nomes (Substantivo, adjetivo e advérbio) e os verbos. Já ao sistema fechado, pertencem às classes de palavras que apresentam significado gramatical e o número de palavras que compõem cada uma dessas classes é limitado. Pertencem a esse sistema as classes dos pronomes, dos numerais, dos artigos, das preposições e das conjunções.
Normalmente os Vocábulos que fazem parte do sistema fechado da língua são os mais recorrentes Complementando o que a colega Claudine falou acerca dos sistemas aberto e fechado, vale lembrar que a morfologia derivacional está centrada no sistema aberto, pois permitir a ampliação do léxico. E a morfologia flexional está centrada no sistema fechado da língua. Entrei agora aqui no fórum para ver se alguém tinha feito algum questionamento. Parece que todo o conteúdo está bem compreendido. Segundo a NGB os numerais estão divididos em cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários. Porém, de acordo com Monteiro (1991), esse critério de classificação é confuso, pois os números ordinais se confundem com os adjetivos, e os fracionários com os substantivos. Macambira(1993) afirma que não basta apenas indicar o número para pertencer à essa classe, mas sim, que é
necessário este combinar com o substantivo, assim como o artigo, o pronome e o adjetivo. Os vocábulos
em português se distribuem em dois sistemas: aberto e fechado. O sistema aberto é ilimitado, pois pode ser adicionado novas palavras que apresentem significado lexical, enquanto o sistema fechado é difícil acrescentar novas palavras, pois estas tem significado gramatical e ocorrem com mais frequência. Abordagem linguística e a abordagem tradicional (NGB) se divergem ao proceder a classificação vocabular. A NGB classifica as palavras em 10 classes, sendo seis variáveis e quatro não
variáveis, utiliza-se de todos critérios de classificação, mas privilegia o semântico. Na perspectiva linguística, há uma preferência pelo critério mórfico, sintático e por último, o critério semântico. Uma das primeiras divergência é sobre as classes de palavras, para a linguística, o nome, pronome e verbo são classes, e substantivos, adjetivos e advérbios não pertencem à classes de palavras, pois são funções (diz respeito a sintaxe). Dos problemas apontados pelos linguistas em relação a
classificação vocabular da NGB, o que mais chamou me atenção foi o caso das interjeições serem frases e não palavras como estamos acostumados. Conforme Macambira (1993) o artigo pode ser classificado de acordo com os critérios mórficos, sintáticos e semânticos. Sob o aspecto mórfico, o autor concebe que, o artigo deve ser incluído na classe dos pronomes, pois à semelhança deste, recusa os sufixos aumentativos, diminutivos e superlativos, sendo que, não tem forma especial que o distinga como classe gramatical: assume as flexões de gênero e número que não são classificatórias. No
aspecto sintático, pertencem à classe do artigo as formas presas o, a, os, as e um, uma, uns, umas, que mediata ou imediatamente precedem o substantivo, e com ele formam sintagma. São exemplos de precedência imediata: o professor, a professora, os professores, as professoras; em que não figura outra palavra entre o artigo e o substantivo. Já a precedência é mediata quando figura, entre o artigo e o substantivo, um vocábulo e suas flexões, como no seguinte exemplo: o bom filho, a boa filha, os
bons filhos, as boas filhas. Sob o aspecto semântico, o artigo é a palavra assessória que particulariza ou generaliza o substantivo. No que diz respeito à identificação das formas e subdivisões do artigo, existem apenas dois: o e um (e, naturalmente, seus femininos e plurais). Por exemplo, uma menina, as duas pobres meninas. MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura morfo-sintática do português. 7 ed. São Paulo: Pioneira, 1993. Finalmente, estou compreendendo o objetivo da Morfologia. Ao meu ver, ela trata da classificação dos vocábulos, pois a forma em que estes se apresentam,
juntamente com as suas desinências, os classificam como nomes, verbos e pronomes. Mas, como nem tudo é simples na língua portuguesa, e existe a problemática da função e do sentido das palavras (sem falar nos conectivos), há um conflito na classificação das palavras, pois estas possuem critérios morfológicos, sintáticos e semânticos. Segundo o que entendi, gramáticos e linguistas usam critérios diferentes para classificar os vocábulos, muitos gramáticos usam apenas o critério semântico, outros usam os critérios semântico e mórfico. Como podemos
perceber em Bechara (2009) que classifica os substantivos: É a classe de lexema que se caracteriza por significar o que convencionalmente chamamos de objetos substantivos, isto é, em primeiro lugar, substâncias (homem, casa, livro) e, em segundo lugar, quaisquer outros objetos mentalmente apreendidos como substâncias, quais sejam qualidades (bondade, brancura), estado (saúde, doença), processos (chegada, entrega, anunciação) (p. 112). Mattoso Camara e Macambira, por exemplo
relaciona os três critérios que classificam os vocábulos dando destaque para o critério mórfico.