Por que Deus deu o livre arbítrio?

De forma simplificada, arbítrio significa que cada um de nós tem a liberdade de escolher entre o certo e o errado. Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias acreditam que o livre arbítrio é um presente dado por Deus a cada homem ou mulher. Isso significa que nosso destino não é determinado por alguma força além do nosso controle. Embora não controlemos as circunstâncias em que nascemos e com as quais nos deparamos ao longo de nossas vidas, temos liberdade para escolher como responderemos a essas circunstâncias.

Por que temos arbítrio?

O arbítrio é um dos maiores presentes de Deus para a humanidade. Todos - ricos, pobres, homens, mulheres - receberam liberdade para escolher entre o bem e o mal.

O poder de decidir entre certo e errado sempre teve um papel importante no plano de Deus. Primeiro exercemos nossa capacidade de escolher antes de nascermos, durante um tempo chamado de nossa existência pré-mortal, na qual vivemos com Deus como Seus filhos espirituais. Queríamos nos tornar mais parecidos com Deus, mas precisávamos de um lugar onde pudéssemos continuar praticando para tomarmos escolhas moralmente corretas. Por meio de Seu Filho Jesus Cristo, Deus criou o mundo para nós, para que tivéssemos um lugar para crescer e fazer escolhas. Aqui na Terra, ao exercitamos nosso direito de escolher podemos crescer e progredir e nos tornar mais como nosso Pai Celestial.

É parte do plano de Deus enfrentarmos a oposição aqui na Terra e poder fazer escolhas entre o bem e o mal.

Como o arbítrio afeta minha vida?

O arbítrio se refere a mais do que apenas as escolhas simples que fazemos todos os dias, como escolher quais sapatos usar ou o que comer no almoço. Diz respeito especialmente a escolhas com consequências morais ou espirituais. Uma das escolhas mais importantes é a de decidir ter fé em Deus e segui-lo. Como consequência, podemos decidir ajudar um próximo necessitado, ser fiel a um cônjuge, mostrar compaixão pelos vulneráveis e necessitados, etc.

Assim como as escolhas físicas têm consequências, nossas escolhas espirituais também. Embora possamos escolher como usar nosso arbítrio, não podemos escolher as consequências. Devemos usar sabiamente nosso arbítrio para evitar os efeitos desoladores e às vezes devastadores de fazer escolhas moralmente erradas.

O que acontece se eu usar meu arbítrio de forma errada?

Nenhum de nós faz escolhas corretas o tempo todo. Quando desobedecemos aos mandamentos de Deus, pecamos. Algumas escolhas incorretas têm consequências mais sérias, mas todos pecam em um ponto ou outro. A consequência do pecado é a separação de Deus. Felizmente, nosso Pai Celestial enviou Seu Filho, Jesus Cristo, à Terra para nos salvar de nossos pecados, se escolhermos segui-Lo e nos arrependermos. Por causa disso, podemos optar por nos arrepender e sermos perdoados por nossas escolhas incorretas.

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Por que Deus colocou no Jardim uma árvore da qual o homem não poderia comer?

Para dar a Adão e Eva o direito de escolha, ou seja, o livre-arbítrio. Se Deus não tivesse colocado uma condição para que eles obedecessem ou não, seria como se eles não tivessem a escolha, como robôs, e fariam apenas o que foram programados para fazer. Mas, o Altíssimo criou Adão e Eva para serem seres livres, capazes de escolher entre o bem e o mal. Deus queria que o amor dos seres humanos para com Ele fosse por livre e espontânea vontade, e não algo imposto.

Como um fruto tinha o poder de trazer tanto mal?

É importante entender que foi o ato de desobediência que abriu os olhos de Adão e Eva para o mal, não o fruto em si. Ao comerem do fruto proibido, desobedeceram ao Criador, trazendo, assim, o pecado e o mal para suas vidas e próximas gerações.

Se Deus sabe de todas as coisas, Ele já não sabia que Adão e Eva o desobedeceriam?

Mesmo você sabendo que seu filho vai te decepcionar ou abandonar um dia, você deixaria de tê-lo? Provavelmente, não. O seu amor por ele é tão grande que você, mesmo sabendo o que ele faria, o teria. Da mesma forma, Deus ama tanto o ser humano que, mesmo sabendo que muitos O abandonariam, também sabe que alguns se voltarão para Ele. Por causa desses alguns, Ele se sujeita ao abandono e à rejeição por parte dos outros.

Basicamente o livre-arbítrio é um conceito que afirma a liberdade absoluta da vontade do homem. A palavra “livre-arbítrio” não aparece na Bíblia, mas é tema de intensos debates entre os cristãos. Alguns defendem que o homem tem livre-arbítrio, outros afirmam que ele não tem.

A discussão sobre o livre-arbítrio não se resume apenas ao Cristianismo, na verdade nem teve origem nele. O problema da absoluta liberdade da vontade é discutido principalmente pela teologia, filosofia, psicologia e ciência.

De forma bem resumida, podemos dizer que o livre-arbítrio é a capacidade de decisão sem qualquer tipo de influência ou condicionamento. Como foi dito, o livro-arbítrio é a expressão de liberdade da vontade humana em seu sentido mais absoluto.

A palavra “arbítrio” transmite o sentido de “decisão” ou “julgamento”. Um exemplo raso do significado de livre-arbítrio pode ser percebido na ação de um juiz esportivo. Ele não pode pender seu arbítrio para qualquer um dos lados. Ele precisa ser completamente neutro. É por isto que um juiz não pode apitar uma partida da seleção de seu país, pois acredita-se que seu arbítrio estaria prejudicado.

Muitos ensaios teológicos, filosóficos e científicos já foram desenvolvidos para tentar lidar com esse problema. Na filosofia destacam-se as teorias deterministas, indeterministas e compatibilistas.

Boa parte dos filósofos chega a conclusão sobre a inexistência do livre-arbítrio, pelo menos em seu sentido mais original. Uma parte importante da academia cientifica também adota a mesma conclusão. Há uma série de fatores que influenciam a vontade humana, como: fatores genéticos, químicos, físicos, geográficos, ambientais, culturais, educacionais etc. Segundo eles, em muitas vezes essa influência é irresistível.

O livre-arbítrio na teologia cristã

Na teologia, a discussão sobre a existência do livre arbítrio vem desde os primeiros anos da História da Igreja. Dois embates ficaram muito conhecidos: entre Pelágio e Agostinho; e entre Erasmo de Roterdã e Martinho Lutero.

Dentre todas as linhas teológicas, o Pelagianismo é aquela que defende a existência do livre-arbítrio em seu sentido pleno. Pelágio negou o pecado original, e afirmou que todos os homens nascem num estado de completa inocência. Assim, sua vontade é igualmente livre tanto para o bem quanto para o mal. Saiba o que é o pecado original.

A heresia do Pelagianismo implica que a salvação é possível mesmo sem a graça de Deus. Já o Semipelagianismo assume que a vontade do homem depois da Queda de Adão se tornou enfraquecida. Contudo, ainda ela é capaz de fazer escolhas e cooperar com a graça divina. Saiba mais sobre a doutrina do Semipelagianismo.

O Arminianismo, pelo menos em sua forma clássica, nega o livre-arbítrio após a Queda. Tanto para Jacó Armínio como para arminianos como John Wesley, o livre-arbítrio do homem caído está destruído. A menos que seja assistida pela graça divina, a vontade do homem é livre apenas para o mal. Claro que esse tipo de Arminianismo difere-se bastante da forma de Arminianismo mais propagada na atualidade.

O Calvinismo também nega o livre-arbítrio depois da Queda do homem. Essa visão entende que o homem natural é livre apenas para escolher o mal. Sua vontade é escrava do pecado, e por isso é incapaz de fazer o bem espiritual e inclinar-se na direção de Deus. Nesse caso, a menos que o Espírito Santo opere a regeneração no pecador, ele jamais poderá desejar e amar as coisas de Deus.

O livre-arbítrio na Bíblia

Como já foi dito, a palavra livre-arbítrio não aparece na Bíblia. Todavia, sem dúvida a Bíblia mostra o homem sendo convidado a fazer escolhas. Isso está de acordo com o que o homem é. Ele é um ser originalmente criado à imagem e semelhança de Deus, e moralmente responsável (Gênesis 1:27-31).

Mas por outro lado, a Bíblia também mostra o homem num estado de completa inimizade para com Deus. Isto aconteceu depois que Adão transgrediu a lei de Deus. Antes de desobedecer à ordem do Senhor, Adão e Eva desfrutavam de um estado de completa inocência. Isto significa que eles eram capazes de obedecer à lei de Deus, pois não possuíam sua natureza inclinada ao mal (Eclesiastes 7:29).

Mas depois que o primeiro casal escolheu transgredir a lei de Deus, a natureza humana tornou-se corrompida pelo pecado. Adão era o representante da humanidade, e quando ele falhou, toda a humanidade falhou nele. Isto significa que o homem já nasce em pecado (Salmo 51:5). Negar isto é negar o ensino bíblico e abraçar a heresia do Pelagianismo.

O resultado é o que podemos ler nas Escrituras. Somos informados de que todos os homens pecaram e que não há um justo se quer. Segunda a Bíblia, não há ninguém que busque a Deus (Romanos 3:10-23; cf. Gênesis 6:5). Se o homem tivesse realmente o livre-arbítrio, ele seria pecador porque pratica o pecado. Mas o ensino bíblico é o de que o homem pratica o pecado porque ele é pecador. Saiba qual é o significado de pecado na Bíblia.

Um arbítrio escravo

O apóstolo Paulo define que o homem natural é escravo do pecado (Romanos 6; cf. João 8:34). Ser escravo implica exatamente em ser privado de liberdade. O mesmo apóstolo também deixa bem claro a deficiência da vontade humana. Ele diz não ser capaz de fazer o bem que prefere, mas o mal que não quer, esse ele faz (Romanos 7:19). O profeta Jeremias escreve que o coração do homem é enganoso, mais do que todas as coisas, e também perverso (Jeremias 17:9).

A Bíblia também descarta a possibilidade de o homem, sozinho, ser capaz de uma escolha espiritualmente boa. O próprio Deus responde que é impossível que o homem mau faça o bem, assim como também é impossível que o etíope mude a cor de sua pele, e o leopardo as suas manchas (Jeremias 13:23).

Além disso, a Bíblia não mostra a vontade do homem apenas doente e debilitada, como defende o Semipelagianismo. As Escrituras afirmam que a vontade do homem caído é morta. Ele está morto em delitos e pecados. A menos que o homem seja vivificado por Deus, ele não fará o bem espiritual, nem mesmo se inclinará à vontade santa e justa do Senhor (Efésios 2:1-4).

Temos livre-arbítrio?

Como vimos, essa pergunta só poderá ser respondida desde que seja definido o que se entende sobre livre-arbítrio. Se livre-arbítrio for definido como sendo uma capacidade de escolher aquilo que sua natureza lhe possibilita escolher, então sim, o homem tem livre-arbítrio.

Porém, se livre-arbítrio for definido no seu sentido técnico, implicando uma absoluta autonomia da vontade humana, então não, o homem não tem livre-arbítrio.

A questão é que quando alguém escuta que o homem não tem livre-arbítrio, isto parece soar estranho e contraditório, afinal, fazemos escolhas todos os dias. Além disso, logo as pessoas pensam que negar o livre-arbítrio é o mesmo que afirmar que somos robôs programados para fazer determinadas coisas.

Claro que isto não é verdade. Nós tomamos decisões, fazemos escolhas e somos moralmente responsáveis por elas. Isso indica que as escolhas que fazemos são realmente nossas escolhas. Porém, isso não significa que nossa vontade é completamente livre de qualquer influência ou que não conheça limites. Aqui é importante dizer que não estamos resumindo essa questão às escolhas do nosso cotidiano. Não estamos falando de escolher a cor de uma camisa ou o sabor de um sorvete. Estamos falando da capacidade de escolher livremente entre o bem espiritual e o mal moral.

Livre-arbítrio e livre-agência

A teologia explica isso no conceito de livre-agencia. A livre-agencia significa que somos agentes livres de acordo com nossa natureza. Em outras palavras, somos plenamente livres dentro dos limites de liberdade que possuímos. Assim, nós escolhemos, decidimos e fazemos.

Por exemplo, antes da Queda, como agente livre, Adão podia escolher entre o bem e o mal, pois tinha o livre-arbítrio. Depois da Queda, com sua natureza corrompida, o homem natural ainda faz escolhas, mas suas escolhas são inclinadas ao mal. Ele não é capaz de escolher o bem porque sua natureza está limitada nesse sentido. Ele não tem mais o livre-arbítrio, mas ainda é livre-agente. Cada vez que ele toma uma ação, tal ação é livre de acordo com a vontade de sua natureza.

O livre-arbítrio e o cristão

Isso explica o porquê da necessidade do novo nascimento. É no novo nascimento (ou regeneração) que o Espírito Santo muda a inclinação do nosso coração. Ele nos faz novas criaturas, e nos capacita a escolher aquilo que é espiritualmente bom. A imagem de Deus que foi desfigurada pelo pecado, através da ação do Espírito Santo começa a ser reconstruída. Dia após dia vamos sendo moldados à semelhança de Cristo.

Alguns cristãos acreditam que após a regeneração, o homem passa a ser dotado do livre-arbítrio novamente. Porém, mesmo depois da regeneração, a Bíblia não dá indícios de que recuperamos a capacidade de nosso livre-arbítrio.

Se isso fosse verdade, seríamos capazes de escolher nunca mais pecar. Mas a Bíblia diz que durante toda nossa vida terrena, ainda precisamos lutar contra nossa velha natureza pecaminosa com o auxílio do Espírito Santo. Esse processo é chamado de santificação, e dura a vida inteira. Por isto, toda escolha espiritualmente boa que fazemos, apesar de sermos realmente nós que escolhemos voluntariamente, os méritos não são nossos.

Com relação a nossa vida futura, a Bíblia também não indica a existência do livre-arbítrio, pelo menos não no sentido de fazer escolhas entre o bem e o mal moral. No novo céu e nova terra, o mal moral (pecado) não mais existirá. Logo, não teremos o livre-arbítrio de se rebelar contra Deus na eternidade. É por isto que nossa vida futura será muito superior ao que foi a vida de Adão no paraíso. Para Adão e Eva no Éden, o mal moral era uma possibilidade real. Para nós no novo céu e nova terra, essa possibilidade não mais existirá. Porém, ainda seremos livres-agentes.

A irracionalidade do livre-arbítrio

Neste texto não abordamos a questão da providência divina. Aqui nós não adicionamos ao nosso debate a doutrina sobre a forma com que Deus governa todas as coisas. Trataremos desde tema num outro texto. Nele, falaremos sobre a soberania de Deus e a responsabilidade humana.

Mas apenas para pontuar essa questão do livre-arbítrio, os cristãos genuínos afirmam a onisciência de Deus. Tanto calvinistas quanto arminianos concordam que Deus é onisciente e conhece exaustivamente todas as coisas (passado, presente e futuro).

Portanto, a partir do momento em que se assume que um Ser conhece o futuro, torna-se logicamente incoerente defender uma ideia de livre-arbítrio pleno. Para Deus, cada acontecimento do futuro já é um fato consumado. Calvinistas e arminianos podem debater sobre como isto acontece, mas não podem negar essa verdade.

Isso significa que nada do que Ele conhece pode ser alterado, a menos que Ele esteja errado. Outra alternativa seria negar que Deus é onisciente, assim como Teísmo Aberto faz. Logo, Deus deixaria de lado um de seus atributos para tornar o homem realmente livre. Creio que pareça óbvio que essa doutrina é uma heresia perigosa.

Também é importante que fique claro que este não deve ser um tema que cause divisão entre os cristãos. Sobre o livre-arbítrio na Bíblia, certamente a melhor posição é ir até onde as Escrituras nos permitem ir. O homem é livre para fazer suas próprias escolhas, e é responsável por cada uma delas. Ele realmente escolhe voluntariamente de acordo com sua natureza. Isso acontece de uma forma que não conflita com a soberania divina. Isso também não significa que sua vontade é absolutamente livre para escolher entre o bem espiritual e o mal moral.

Na Bíblia temos vários exemplos de homens sendo expostos a uma escolha diante de Deus. No entanto, não temos nenhum exemplo de alguém que tenha escolhido o bem espiritual unicamente pela força de sua própria vontade.

Para quem quiser provar a existência do livre-arbítrio em seu sentido pleno, basta escolher nunca mais pecar. Se conseguir, então além do livre-arbítrio existir, a Bíblia estará errada. Particularmente, “escolho” ficar com as Escrituras.

Por que foi criado o livre arbítrio?

No Espiritismo existe a crença que os atos praticados não foram predeterminados e por isso cada pessoa é responsável pelas suas escolhas. Desta forma, o livre-arbítrio é desenvolvido juntamente com o desenvolvimento da inteligência e implica um aumento pela responsabilização dos atos praticados.

Porque Jeová nos deu o livre arbítrio?

Deus queria que o amor dos seres humanos para com Ele fosse por livre e espontânea vontade, e não algo imposto.

Qual a importância de se ter o livre arbítrio?

O que plantamos é opcional, mas o que iremos colher é obrigatório. O livre-arbítrio é a liberdade de escolha concedida por Deus para os espíritos encarnados e desencarnados. Sem essa oportunidade o homem seria indiferente entre praticar o mal ou o bem.

Qual é a diferença entre a liberdade e o livre arbítrio?

A liberdade se diferencia do livre-arbítrio pelo fato de que, enquanto a primeira tem sua expressão no mundo externo (ações, expressões, experiências), o livre-arbítrio é uma faculdade que vem de uma consciência interna a partir do autoconhecimento, discernimento e clareza vindos do Ser.

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