Onde está o ciclone nesse exato momento?

Um ciclone subtropical atinge o Sul do Brasil nesta terça-feira (17). A previsão é de que o fenômeno, batizado de Yakecan, chegue primeiro à costa do Rio Grande do Sul, passando, depois, por Santa Catarina e Paraná, além do sul do estado de São Paulo.

As rajadas de vento podem chegar a 100 quilômetros por hora e evoluir ao longo desta terça-feira (17), segundo explicou o diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Miguel Ivan, durante coletiva de imprensa nesta segunda.

“Ele começa na noite de hoje [segunda], no Rio Grande do Sul, fica mais intenso na madrugada de amanhã [terça] e depois se desloca pro mar. A subida vai acontecer, mas é provável que se restrinja ao alto. Mas isso não deve impactar a vida das pessoas. Se os ventos aumentarem, ele pode seguir para costa e impactar a vida das pessoas a partir de três ou quatro dias”, disse.

Ivan informou que o Inmet vai emitir, a cada 12 horas, um boletim sobre os riscos gerados durante a passagem do ciclone.

A Marinha, que classificou como “tempestade subtropical”, afirmou que o deslocamento previsto para o sistema é na direção oeste/noroeste, em direção à costa do gaúcha, ocasião na qual poderá ser classificado como tempestade tropical, entre as noites de terça e quarta (18). O nome do ciclone vem da expressão “Yakecan”, que significa “o som do céu” em tupi-guarani.

Marcia Seabra, coordenadora de Meteorologia do Inmet explicou que toda frente fria tem um ciclone extratropical associado. “Essa [frente] em específico passou o ciclone extratropical, só que se desprendeu dessa frente. Isso faz com que ele mude de categoria e vire um ciclone subtropical, porque está bem no extremo sul do Rio Grande do Sul”, disse.

Risco de desastre

O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, afirmou que os órgãos responsáveis já iniciaram os avisos de risco de desastre no Sul do país.

“Já estamos em coordenação com os municípios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Já nos comunicamos com Ministério da Defesa, Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, Ministério da Cidadania e Ministério da Saúde. Sugerimos cadastrar o celular no número da Defesa Civil. 40199. com CEP onde mora para receber informações de alerta no celular”, disse.

Braun informou também que há risco de queda de árvores, postes e interrupção no fornecimento de energia elétrica. Segundo ele, é ideal que as pessoas busquem locais protegidos no momento de ventos mais fortes. Ele orienta “desligar a energia da tomada e fechar a saída de gás do botijão nos momentos de ventos mais fortes”. “Autoproteção e proteção comunitária são muito importantes”, disse.

Intensidade do ciclone

Ivan afirmou que ‘não há razão para pânico’. “A quantidade de ventos chega a 70 quilômetros por hora. Até 120, é tempestade tropical. Acima de 120, é furacão. Não está classificado como furacão, mas pode virar. Há possibilidade de que isso aconteça em um ou dois dias”, disse.

Seabra disse que a frente fria [prevista para essa semana] já se aproximou do Rio de Janeiro, o que provocou chuvas de granizo e tempestades isoladas no estado.

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    Forte onda de frio avança sobre o país nesta terça-feira (17). A temperatura tem queda acentuada nos estados do Sul, em muitas áreas do Sudeste e do Centro-Oeste. Algumas cidades de Santa Catarina registraram chuva congelada e também os primeiros registros de neve no ano; Na imagem, a cidade de Urupema (SC) que registrou neve

    Crédito: Marleno Muniz Farias/Prefeitura de Urupema/Divulgação

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    Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os próximos dias também podem ter registros de neve nas serras gaúcha e catarinense e novas ocorrências de chuva congelada no planalto gaúcho, no planalto Sul e Norte de Santa Catarina e no Sul do Paraná; Na imagem, Urupema (SC)

    Crédito: Marleno Muniz Farias/Prefeitura Urupema

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    São Joaquim (SC) registrou chuva congelada

    Crédito: Mycchel Legnaghi/ São Joaquim Online

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    Frio também chegou na cidade de São Paulo na manhã desta terça-feira (17); Na imagem, pedestre atravessa a ponte do Jaguaré

    Crédito: Ronaldo Silva/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

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    Frente fria também atinge Brasília, onde, de acordo com o site especializado Climatempo, a temperatura mínima nesta terça pode chegar a 16°C

    Crédito: Fátima Meira/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

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    Pedestres se protegem do frio nesta terça-feira em São Paulo, onde a temperatura mínima, segundo o Climatempo, pode chegar a 10°C

    Crédito: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

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    Gramado com camada de geada na manhã desta terça-feira (17), em Campo Mourão, na região Centro-Oeste do Paraná

    Crédito: Dirceu Portugal/Fotoarena/Fotoarena/Estadão Conteúdo

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    Em Campo Mourão (PR), os termômetros marcam 3ºC e sensação térmica de 0ºC

    Crédito: Dirceu Portugal/Fotoarena/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Onde o ciclone vai atingir no Brasil?

Segundo o site MetSul, os estados que podem ser afetados pelo ciclone são Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

Onde e que tá o ciclone?

De acordo com os meteorologistas brasileiros, a tempestade irá atingir fortemente os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além disso, já enfraquecida, poderá provocar ventos fortes no leste do Paraná no sul e leste de São Paulo e no estado do Rio de Janeiro.

Como está o ciclone no RS neste momento?

Um ciclone extratropical e uma nova frente fria atingem o Rio Grande do Sul desde esta quinta-feira (6). Na sexta (7), o fenômeno pode gerar ventos de mais de 100 km/h na costa e no Sul do estado, aponta a Climatempo. As rajadas já atingiram o estado durante o dia. Em Pinhal da Serra, os ventos alcançaram 112,3 km/h.

Que horas e o ciclone no Rio Grande do Sul?

O inverno termina às 22h04 desta quinta-feira (22), e as últimas horas da estação devem ser de ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. Conforme a Climatempo, as rajadas de vento podem chegar a 80 km/h na Serra e a 100 km/h no Litoral.

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