O pH do sangue humano de um indivíduo saudável situa-se na faixa de 7 35 a 7 45

Uma das propriedades mensuráveis do sangue é o seu grau de acidez ou alcalinidade. Esse grau é indicado pela escala de pH, sendo que o 0 indica uma solução “fortemente ácida” e o 14 indica uma solução “fortemente alcalina ou básica”; o 7, no centro dessa escala, é considerado neutro.

O pH do sangue é considerado levemente alcalino, pois o normal é que o seu índice fique entre 7,35 e 7,45. Quando há uma alteração nesses valores, para mais ou para menos, a saúde do paciente fica em risco. É justamente nessas alterações que se caracterizam os quadros de acidose e alcalose.

Acidose e alcalose: o que é?

Em um quadro de acidose, o pH do sangue se torna mais ácido, atingindo valores entre 6,85 e 7,35. A acidose é provocada por um excesso de produção de ácido que se acumula no sangue ou por uma perda excessiva de bicarbonato no sangue (acidose metabólica) ou por um acúmulo de dióxido de carbono no sangue decorrente de função pulmonar insuficiente ou de interrupção da respiração (acidose respiratória).

Já em um quadro de alcalose, o pH do sangue se torna mais alcalino, atingindo valores entre 7,45 e 7,95. A alcalose é uma excessiva alcalinidade sanguínea provocada por um excesso de bicarbonato no sangue ou pela perda de ácido no sangue (alcalose metabólica) ou por um baixo nível de dióxido de carbono no sangue decorrente de respiração rápida ou profunda (alcalose respiratória).

Quando o pH do sangue atinge valores abaixo de 6,9 ou superiores a 7,8, o paciente corre risco de morte.

A manutenção do pH do sangue em níveis normais é fundamental para a manutenção das células, que são recobertas por sangue. Quando há variação nesse índice, as células não se comportam como o esperado, podendo morrer mais cedo e causar diversas complicações de saúde.

Esses dois tipos de desequilíbrio no pH podem ser causados por uma série de fatores. A acidose pode ter origem metabólica ou respiratória. Já a alcalose pode ser do tipo metabólica, respiratória, hipoclorêmica, hipocalêmica ou compensada. Problemas renais também podem dar origem a problemas nesse sentido.

Por que o pH do sangue se altera e quais são os sintomas?

Diversos fatores podem resultar na alteração do pH do sangue. O corpo humano possui mecanismos de compensação para tentar corrigir eventuais problemas, mas nem sempre eles são suficientes.

Casos de diabetes descontrolado, bronquite, dificuldade respiratória ou uso demasiado de medicamentos como o ácido acetilsalicílico (aspirina) podem contribuir para aumentar a acidez do sangue. Em contrapartida, sintomas de vômito e diarreia, hiperaldosteronismo, febre ou insuficiência renal por tornar o sangue mais alcalino.

Sintomas como espasmos musculares, fraqueza, dor de cabeça, tontura ou convulsões podem indicar um quadro de alcalose. Já palpitações, vômito, sonolência e desorientação podem ser um indício de acidose. Em ambos os cenários, o paciente deve procurar um médico imediatamente para que seja possível obter o diagnóstico correto.

A pH do sangue é mensurado por um exame de sangue chamado gasometria arterial. Porém, esse exame é feito apenas em casos extremos, quando o paciente se encontra em uma UTI ou CTI. Nos demais casos, exames de sangue e urina convencionais são suficientes para que os médicos tenham as informações necessárias para dar o diagnóstico.

Alimentação é capaz de corrigir o pH do sangue

Felizmente, por meio da alimentação é possível tornar o sangue mais alcalino ou ácido, de acordo com a necessidade do paciente. Obviamente, a dieta deve ser prescrita por um profissional de nutrição ou pelo médico responsável pelo tratamento, mas sabe-se que alguns alimentos contribuem para a correção do pH.

Alimentos como feijão, ovos, farinhas, cacau, álcool, azeitona, queijo, carnes, peixes, açúcar, leite, refrigerante, café e pimenta contribuem para tornar o pH mais ácido – portanto, devem ser evitados em casos de acidose.

Já alimentos ricos em potássio, magnésio e cálcio, como damasco, abacate, tâmara, uva, laranja, limão, milho, salsão, passas e aveia contribuem para tornar o pH mais alcalino – portanto, devem ser evitados ou consumidos com moderação em casos de alcalose.

Entretanto, ressaltamos mais uma vez: não tente fazer compensações na alimentação por conta própria. A consulta com um profissional de saúde é fundamental nesses casos, pois aumentar ou diminuir o consumo de determinados alimentos de forma indiscriminada pode levar a outras consequências, que precisam ser analisadas caso a caso.

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Uma propriedade importante do sangue é o seu grau de acidez ou de alcalinidade. A acidez ou alcalinidade de qualquer solução, inclusive do sangue, é indicada pela escala de pH. A escala de pH varia entre 0 (fortemente ácido) e 14 (fortemente básico ou alcalino). O pH de 7,0, no centro desta escala, é o neutro. O sangue normalmente é levemente básico, com pH normal na faixa de cerca de 7,35 a 7,45. Normalmente, o corpo mantém o pH sanguíneo próximo de 7,40.

O médico avalia o equilíbrio ácido-base da pessoa, medindo o pH e os níveis de dióxido de carbono (um ácido) e bicarbonato (uma base) no sangue.

A acidez do sangue aumenta quando

  • O nível de compostos ácidos no corpo aumenta (por meio do aumento da ingestão ou produção, ou da diminuição da eliminação)

  • O nível de compostos básicos (alcalinos) no corpo diminui (por meio da diminuição da ingestão ou produção, ou do aumento da eliminação)

A alcalinidade do sangue aumenta quando os níveis de ácido no corpo diminuem ou quando os níveis de base aumentam.

O equilíbrio do corpo entre acidez e alcalinidade é denominado equilíbrio ácido-base.

O equilíbrio ácido-base do sangue é controlado com precisão, visto que até mesmo um pequeno desvio da faixa normal pode afetar gravemente muitos órgãos. O corpo utiliza mecanismos diferentes para controlar o equilíbrio ácido-base do sangue. Esses mecanismos envolvem

  • Pulmões

  • Rins

  • Sistemas de tampão

Um mecanismo usado pelo corpo para controlar o pH sanguíneo envolve a liberação do dióxido de carbono dos pulmões. O dióxido de carbono, que é ligeiramente ácido, é o produto residual do processamento (metabolismo) do oxigênio e nutrientes (que todas as células necessitam) e, como tal, é constantemente produzido pelas células. Depois disso, ele passa das células para o sangue. O sangue transporta o dióxido de carbono para os pulmões, onde é exalado. Quando o dióxido de carbono se acumula no sangue, o pH sanguíneo diminui (aumento da acidez).

O cérebro regula o volume de dióxido de carbono que é exalado através do controle da velocidade e da profundidade da respiração (ventilação). O volume de dióxido de carbono exalado e, consequentemente, o pH sanguíneo, aumentam quando a respiração se torna mais rápida e mais profunda. Por meio do ajuste da velocidade e da profundidade da respiração, o cérebro e os pulmões são capazes de regular o pH sanguíneo minuto a minuto.

Os rins são capazes de afetar o pH sanguíneo pela excreção de excesso de ácidos ou de bases. Os rins apresentam certa capacidade para alterar a quantidade de ácido ou base que é excretada, mas como os rins fazem estes ajustes de forma mais lenta do que os pulmões, esta compensação costuma levar vários dias.

Já outro mecanismo para controlar o pH sanguíneo envolve o uso de sistemas de tampão químico que protegem contra as alterações repentinas na acidez ou na alcalinidade. Os sistemas de tampão de pH são combinações do próprio corpo que ocorrem naturalmente quando há ácidos fracos e bases fracas. Estes ácidos e bases fracas existem em pares que estão em equilíbrio sob condições de pH normal. Os sistemas de tampão de pH funcionam quimicamente para minimizar as alterações do pH da solução pelo ajuste da proporção de ácido e base.

O sistema de tamponamento de pH mais importante no sangue envolve o ácido carbônico (um ácido fraco formado a partir do dióxido de carbono dissolvido no sangue) e os íons de bicarbonato (a base fraca correspondente).

Há duas anormalidades no equilíbrio ácido-base:

A acidose e a alcalose não são doenças; elas são o resultado de uma grande variedade de distúrbios. A presença de acidose ou alcalose fornece um importante indício para o médico de que existe um problema grave.

A acidose e a alcalose são categorizadas de acordo com sua causa primária como

  • Metabólicas

  • Respiratório

A acidose metabólica e a alcalose metabólica são causadas por um desequilíbrio na produção de ácidos ou bases e na excreção renal.

A acidose respiratória e a alcalose respiratória são provocadas por alterações na exalação de dióxido de carbono devido a distúrbios pulmonares ou respiratórios.

A pessoa pode apresentar mais de uma alteração do equilíbrio ácido-base.

Cada alteração do equilíbrio ácido-base provoca mecanismos compensatórios automáticos que fazem com que o pH do sangue retorne ao normal. Em geral, o sistema respiratório compensa os distúrbios metabólicos, enquanto os mecanismos metabólicos compensam os distúrbios respiratórios.

Inicialmente, os mecanismos compensatórios podem restaurar o PH próximo ao normal. Logo, se o pH do sangue alterou significativamente, isso significa que a capacidade do corpo em compensar está funcionando indevidamente. Nesses casos, o médico pesquisa urgentemente e trata a causa básica da alteração do equilíbrio ácido-base.

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Qual o pH do sangue humano no qual a Molaridade?

O sangue humano é um sistema-tampão ligeiramente básico, ou seja, é um líquido tamponado: seu pH permanece constante entre 7,35 e 7,45.

Quando uma pequena quantidade de base entra em contato?

Quando uma pequena quantidade de base entra em contato com uma solução-tampão, os íons hidróxido reagem com o ácido do tampão, não alterando praticamente o pH dessa solução. II. Quando a concentração de íons bicarbonato no sangue aumenta, o pH também aumenta.

Qual dos compostos a seguir seria o mais indicado para preparar uma solução tampão em pH 5

Visto isso e dado que deseja-se preparar um tampão com pH igual a \(5,0\), a melhor escolha seria o ácido acético, já que seu valor de pKa é igual a \(4,78\) e é o mais próximo de \(5,0\). Portanto, o melhor tampão dentre os compostos seria o ácido acético.

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