Marcos Boulos diz que “doenças entéricas, por intoxicação ou infecção alimentar, são os principais problemas de saúde causados pela falta de saneamento básico” 21/07/2020 - Publicado há 2 anos Atualizado: 27/08/2020 as 17:32 Por
A Organização Mundial da Saúde estima que anualmente 15 mil pessoas morram e 350 mil sejam internadas no Brasil devido a doenças ligadas à precariedade do saneamento básico. Cerca 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e metade da população não tem serviços de coleta de esgoto, afirmou o senador e relator Tasso Jereissati (PSDB-CE).
As regiões Norte e Nordeste são as que mais sofrem com o problema. “Doenças entéricas, por intoxicação ou infecção alimentar, são os principais problemas de saúde causados pela falta de saneamento básico” diz Marcos Boulos, professor do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP e coordenador de Controle de Doenças da Secretária Estadual de Saúde de São Paulo.
Várias doenças são agravadas devido ao contato com ambientes insalubres. A diarreia é a segunda maior causa de mortes em crianças abaixo de 5 anos de idade, segundo a Unicef – Fundo das Nações Unidas para a Infância. Dados da OMS revelam que 88% das mortes pela doença no mundo são causadas pelo saneamento inadequado. As crianças são as mais afetadas, 84%. No Brasil, em 2008, 15 mil brasileiros morreram devido a doenças relacionadas à falta de saneamento. Marcos Boulos lembra que “o saneamento básico é uma necessidade única do cidadão onde você mantém a qualidade de vida, de tudo o que você come e o que você bebe. Deveria existir saneamento básico há muito, muito tempo. Em nosso país o saneamento básico nunca foi prioridade porque, como diziam os políticos da antiga guarda, saneamento básico é como você enterrar o dinheiro e não aparece o político para sua eleição”.
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Como já falamos por aqui, mais do que uma simples questão de infraestrutura, um plano de saneamento básico consistente abrange a saúde das pessoas que vivem no local.
Um local sem água e esgoto tratado via tubos que sejam duradouros é sinônimo de doença e custos em saúde pública. Dessa forma, a conta pode ser muito mais cara aos orçamentos municipais. Veja aqui
3 motivos que justificam o investimento em saneamento básico.
Uma das principais vilãs resultantes da falta de investimento em saneamento básico é a disenteria bacteriana – também conhecida como shigelose. Por isso, é dela que falaremos no post de hoje.
O que é a disenteria bacteriana e quais são as causas
A doença é
uma variação da disenteria causada pelas bactérias Shigella (da mesma família da Salmonella), daí a o nome “shigelose”.
Causada principalmente pelo contato ou consumo de água contaminada, a disenteria bacteriana consiste em uma infecção no intestino grosso, causando fortes diarréias (que podem incluir sangue e muco), além de febres, cólicas intensas e dores abdominais.
Mais do que isso, em casos mais graves, a shigelose pode causar epilepsia, confusão
mental, fadiga extrema e até mesmo morte.
Entre os principais atingidos em casos de shigelose, estão crianças – cujo sistema imunológico ainda não desenvolvido completamente é mais vulnerável a infecções – e viajantes que visitam lugares sem um saneamento básico desenvolvido.
Apesar de ser uma doença cuja prevenção é relativamente simples, a começar por um projeto com tubulação adequada para saneamento básico, a disenteria bacteriana segue como um problema de saúde a nível internacional. A Shigella é hoje considerada uma das 12 bactérias mais letais do mundo de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Prevenir é melhor que remediar (e mais barato)
Em um bairro sem a tubulação adequada de água e esgoto, a população fica exposta à doenças como a disenteria bacteriana. Além disso, os custos dessa falta de investimento aumentam a
conta da saúde pública.
Em um estudo realizado em 2018, o Ministério da Saúde apontou que atualmente no Brasil apenas 45% do esgoto é tratado, sendo a meta de 100% estipulada para 2030. Naquele ano, a falta de saneamento no Brasil gerou 263 mil atendimentos e custou R$ 100 mi ao SUS.
Qualidade é essencial em tubulações para saneamento básico
Para garantir que a água e os alimentos consumidos estejam em plenas condições de consumo, distante de coliformes fecais e bactérias Shigella, é preciso mais que um plano de saneamento básico. É necessário qualidade em tubulações.
É
através destes tubos de concreto que passarão os principais agentes desta doença. Por isso, é preciso investir em produtos que garantirão a selagem total dos dejetos.
Para isso, a Construsinos investe em expertise e tecnologia de modo a desenvolver produtos para aplicações pesadas de modo a atender as normas brasileiras NBR 8890/2007, NBR 15396/2006, NBR 16085/2012 e NBR
15645/2008, garantindo a saúde das pessoas ao redor de sua aplicação.
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