Como foi a autópsia de Michael Jackson?

São novas e chocantes imagens de Michael Jackson, que pretendem provar que o rei da pop seria incapaz de se injectar com propofol, o medicamento que terá provocado a sua morte.

A mãe do cantor - que se encontrava na sala do tribunal de Los Angeles durante a sessão - abandonou o local antes da projecção das imagens e da descrição detalhada efectuada pelo médico que realizou a autópsia.

O médico legal Christopher Rogers testemunhou que é pouco provável que Michael Jackson tenha conseguido dar a injecção letal a si próprio, o que contraria a teoria da defesa de Conrad Murray. Esta testemunha considerou mais razoável que tenha sido o médico pessoal do cantor que tenha estimado mal a dose a injectar para acabar com as insónias. "As circunstâncias, segundo o meu ponto de vista, não apontam para auto-administração de propofol", disse, acrescentando ainda que este medicamento não é o mais indicado para as insónias.

A fotografia mostra que Michael Jackson estava extremamente magro, tinha uma ferida no peito e muitas picadas de agulhas no braço.

No entanto, o médico que realizou a autópsia considerou que Michael Jackson estava com mais saúde que a maioria das pessoas com 50 anos: não tinha colesterol e as artérias estavam limpas. Christopher Roger admitiu que o rei da pop tinha a próstata inchada, o que lhe provocava "dificuldade em urinar", e sofria de vitiligo, uma doença que provoca a despigmentação da pele.

Antes deste testemunho, havia sido apresentada a gravação do depoimento do acusado dois dias após a morte de Michael Jackson, em que este dizia que o cantor estava quase cego.

Divulgadas fotos do cadáver de Michael Jackson

Ok, essa é frique (frique é freak abrasileirado e sem sotaque, perdoe-me).

Lá se vão sete meses da morte do cidadão e o assunto ainda rende. O médico Conrad Murray foi formalmente acusado nde ter matado Michael Jackson sem intenção (me parece claro, mas…). A causa imediata da morte foi intoxicação por propofol, um anestésico do qual eu, anti-hipocondria e ignorante total, nunca havia ouvido falar. 

Conforme a autópsia, a dose foi excessiva e administrada sem o cumprimento dos requisitos médicos necessários para o emprego desse tipo de substância utilizada em hospitais. “As recomendações de atenção para a aplicação de propofol não foram cumpridas”, afirmou o documento legista.

Ele chegou a essa e outras conclusões num relatório de 23 páginas que, acredite, está disponível na Internet, na íntegra (não sei até quando).

Não sei se eu deveria ficar espantado com o fato desse documento estar na íntegra disponível pra quem quiser ver, não sei se é uma prática comum e até mesmo obrigatório, mas que é papo de maluco, isso é.

Quer ler? Em inglês, completíssimo, aqui.

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A defesa de Conrad Murray, médico pessoal de Michael Jackson, que está no banco dos réus, acusado de homicídio involuntário, alega que o cantor provocou a sua própria morte ao tomar um medicamento na ausência do clínico. Mas o médico responsável pela autópsia, Christopher Rogers, ouvido ontem em tribunal garante que a Michael Jackson foi assassinado.

Chamado a justificar a afirmação, o médico afirmou não existir indicação para se tratar a alegada dificuldade para dormir da estrela pop com o anestésico Propofol, responsável pela morte. Por outro lado, alegou Christopher Rogers, não havia equipamentos hospitalares no quarto que garantissem o uso da substância com segurança.

O especialista duvidou ainda que fosse possível uma pessoa sob efeito de tantos sedativos – como Murray admitiu ter dado a Michael Jackson –  levantar-se da cama e ter administrado a si própria a quantidade fatal de Propofol.

A sessão de terça-feira ficou ainda marcada pela exibição de uma foto do corpo de Michael Jackson, pouco depois de ter sido declarado morto, no hospital, com a suposta data do óbito. Só que em vez de estar escrito 25 de junho de 2009, o que se vê é a data 25 de agosto de 2009, um engano que ainda não foi explicado.

O resultado completo da autópsia do corpo de Michael Jackson foi revelado nesta terça-feira, 9, após a acusação formal do médico pessoal do cantor, Conrad Murray, por homicídio culposo. As informações são do site da agência Reuters, de Los Angeles.

A descrição da autópsia, realizada pelo Instituto Médio Legal de LA, no dia 25 de junho de 2009, mostra que o rei do pop sofria de "calvície frontal" e seus cabelos eram ligados a uma peruca. Com a retirada da aplicação capilar, os peritos notaram que ele tinha quase quatro centímetros de cabelo naturalmente escuros e cacheados, medindo aproximadamente uma polegada e meia de comprimento.

Também foi confirmado que o cantor sofria de vitiligo, doença que resulta na perda de pigmentação da pele. Foram encontradas manchas brancas na região do abdômen, peito, braços e rosto.

O corpo de Jackson estava coberto de pequenas cicatrizes no nariz, joelho, ombro, pescoço, pulsos, umbigo e atrás das duas orelhas. Ele também tinha um curativo na ponta do nariz, além de apresentar pulmões inflamados e osteoartrite (doença degenerativa das articulações) em alguns dedos e na espinha dorsal.

O peito do cantor estava machucado e algumas costelas estavam fraturadas, mas os peritos deduziram que os ferimentos eram decorrentes das tentativas de ressuscitá-lo.

O documento também revela que Michael Jackson tinha tatuagens (a chamada maquiagem definitiva) escuras perto das duas sobrancelhas e uma cor-de-rosa próxima aos lábios.

Apesar de seu aparente estado físico, o cantor foi declarado como um homem de 50 anos saudável e com um coração forte. Seu corpo pesava 62 quilos, tinha 1,75 cm de altura e foi descrito como "magro".

A descrição do relatório confirma que ele morreu por intoxicação causada pelo uso excessivo da substância Propofol. Com os detalhes da autópsia, foi possível contradizer o depoimento de Dr. Murray, que se declarou inocente e disse ter aplicado os remédios para combater a insônia de Jackson. O médico consultado pelo Instituto Médico Legal, afirmou que o medicamento não é usado para esta finalidade, mas somente para cirurgias delicadas.

Além do uso de Propofol, foram encontradas outras substâncias no corpo do músico, como sedativos, Lidocaína e um remédio para ressuscitação. No entanto, não foi encontrado nenhum equipamento auxiliar para monitoramento do atendimento ao cantor.

No quarto que o cantor morreu havia um vidro fechado de urina, ao lado de uma caixa com cateter, agulha descartável, pedaços de algodão embebidos em álcool, garrafas vazias de suco de laranja, colar de madeira e um tanque de oxigênio.

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