Como é controlada a reabsorção de água nos rins?

Sabemos que nosso corpo é incapaz de armazenar água para uso futuro, sendo essa substância frequentemente eliminada. A perda de água pelo organismo é incontrolável e relaciona-se com importantes processos fisiológicos.

Uma das formas mais conhecidas de eliminação de água é por meio do suor, uma substância rica em água e sais minerais produzida pela glândula sudorípara. O suor é eliminado para fora do corpo quando nossa temperatura corporal eleva-se, o que pode ser facilmente sentido quando praticamos atividades físicas ou ficamos expostos ao calor do verão. A função do suor é reduzir a temperatura do corpo, deixando-a em torno de 36,5°C. Entretanto, vale destacar que o suor por si só não resfria o corpo. Para que isso aconteça, é necessária a sua evaporação.

Além da perda de água pelo suor, nosso corpo elimina essa substância também pela urina. Como a água é um poderoso solvente, ela é excretada com substâncias que são nocivas ao corpo ou que se apresentam em excesso.

Durante o processo de formação da urina, a quantidade de água a ser eliminada será regulada pelo rim e dependerá da hidratação de cada pessoa. Quando ingerimos pouca água, por exemplo, ocorre uma maior reabsorção dessa substância nos rins, o que faz com que a urina eliminada seja mais escura. Quando muita água é ingerida, a urina eliminada apresenta coloração mais clara e ocorre uma menor reabsorção nos rins.

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A água é eliminada também pelas fezes, mas, nesse caso, trata-se de uma perda relativamente pequena. Vale destacar, no entanto, que, em casos de diarreia, a perda ocorre de maneira mais acentuada e pode desencadear casos de desidratação. A diarreia é um problema extremamente grave, que pode levar à morte, e normalmente é desencadeada pela ingestão de água imprópria para consumo e alimentos contaminados. Nesses casos, é fundamental a reidratação oral dos pacientes a fim de evitar consequências mais graves.

Existem ainda perdas de água que não são perceptíveis e são chamadas de perdas insensíveis ou não mensuráveis. Elas ocorrem de maneira inconsciente, diferentemente da eliminação da urina, fezes e suor. Dentre as perdas insensíveis, podemos destacar a perda de água pela pele e a água eliminada durante a respiração.

Além dos processos fisiológicos normais, a água pode ser perdida como resultado de hemorragias, ferimentos, uso de diuréticos e vômitos. Nesses casos, uma avaliação criteriosa da perda de água e reidratação devem ser feitas.

É importante destacar que nunca a quantidade de água eliminada pode ser maior que a quantidade ingerida. Sendo assim, é importante sempre se hidratar e ficar atento às questões de saúde que podem levar à eliminação exagerada dessa substância.

Roteiro da Semana 3 do curso de Fisiologia e Saúde Humana.

Balanço hídrico do organismo


O controle de ingestão e excreção de líquidos corporais

Em condições normais, ocorrem trocas diárias de líquidos e solutos entre o organismo e o ambiente externo, e também entre os diferentes compartimentos corporais. Mesmo assim, o organismo procura sempre manter constante a relação entre o volume total dos líquidos corporais e as concentrações de soluto. Dessa forma, é importante que exista também uma relação entre o ganho e a perda de volume de líquido diário.

Cerca de 200mL de água são adquiridos com a oxidação de carboidratos por dia. Além disso, um adulto consome cerca de 2100mL de água por dia, totalizando 2300mL. Estas são as principais fontes de água do organismo.

Cerca de 700mL de água são perdidos por dia, por evaporação no sistema respiratório, e por difusão através da pele. Como não temos controle sobre esta perda, ela é denominada perda insensível de água. A perda por difusão da pele é minimizada pela camada de células cutâneas cornificadas, ricas em colesterol. Quando se perde esta camada, por exemplo após uma queimadura, a evaporação pode aumentar até 10 vezes, chegando a 3–5 litros por dia. Além disso, outros mecanismos, como a perda de líquidos através de suor e pelas fezes, auxiliam no balanço entre o consumo e a perda de água do organismo. Todo o restante da excreção de água é realizado pelos rins.

Se houver a necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada. Havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada. Este balanço é realizado com a maior ou menor reabsorção de água nos túbulos renais.

O principal regulador do equilíbrio hídrico no organismo é o hormônio antidiurético (HAD), que é liberado pela hipófise e promove a retenção de líquido, concentrando a urina.

Figura 3.4: O cérebro que comanda a nossa vontade de beber é informado se a quantidade de líquido no plasma está baixa. Os quimiorreceptores detectam se o sangue está muito concentrado e informam ao hipotálamo que a hipófise tem que ser ativada. Isto é feito através dos neurônios supra-ópticos que fazem com que a hipófise libere hormônio anti-diurético (HAD). Este atua na última parte do nefron aumentando a absorção de água e concentrando a urina.

Observem que os barorreceptores quando detectam uma queda na pressão arterial atuam através da mesma região hipotalâmica, induzindo a liberação de HAD. O aumento da volemia (volume de líquido no sangue) leva a uma aumento da pressão arterial. Curiosidade -> o álcool inibe a produção de HAD e portanto facilita a formação de grandes volumes de urina; a ingesta de grande quantidade de líquido também favorece a formação de grandes quantidades de urina. Portanto, quando se toma cerveja, que é ingerida em grandes volumes e contem álcool há uma grande necessidade de urinar.

Será que existem outros fatores que devem ser lembrados? Muito bem, podemos pensar o que nos faz ter sede! Muitos são os fatores, mas hoje vamos destacar apenas um: comer comida muito salgada. Sim, o aumento da concentração de sódio no líquido extracelular tem de ser controlado, e uma forma de fazer isto é aumentar a ingestão de água.

Nos casos em que precisamos aumentar a volemia (volume de líquido no sangue), o organismo ainda tem mais uma ferramenta – as glândulas suprarrenais liberam aldosterona, hormônio que leva à reabsorção de sódio e, portanto, de água.

O que controla a reabsorção de água nos rins?

A reabsorção de água pelos rins está sob controle do hormônio antidiurético, também conhecido pela sigla ADH. Esse hormônio é sintetizado no hipotálamo (uma região do encéfalo) e liberado pela parte posterior da glândula hipófise.

O que estimula a reabsorção de água nos túbulos renais?

Hormônio antidiurético ou vasopressina é produzido pelo hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise. Ele promove a reabsorção de água nos rins.

Como ocorre a reabsorção de água?

Ao passar pelo túbulo contorcido distal, que é permeável à água, ocorre reabsorção por osmose para os capilares sangüíneos. Ao sair do néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde ocorre a reabsorção final de água.

Qual é o hormônio que atua aumentando a capacidade de reabsorção de água quando nosso organismo necessita dessa substância?

Também chamada de ADH (hormônio antidiurético), a vasopressina promove a reabsorção de água pelos rins.

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