Como isso contribuiu para desestruturar o sistema feudal?

A ascensão da burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão-de-obra assalariada, aliados ao fortalecimento do poder real - e a consequente formação dos Estados nacionais -, foram fatores que abalaram de vez a estrutura feudal da Europa e provocaram o fim desse sistema no continente.

O que causou o fim do feudalismo?

O surgimento da moeda, o desenvolvimento das cidades medievais e da intensificação das atividades comerciais, foram essenciais para que o sistema feudal entrasse em declínio. ... Além disso, a burguesia lutava pelo enriquecimento e pela mobilidade social, sistema desconhecido na sociedade feudal.

Quando foi o início e o fim do feudalismo?

O feudalismo teve suas origens no final do século 3, se consolidou no século 8, teve seu principal desenvolvimento no século 10 e chegou a sobreviver até o final da Idade Média (século 15).

Como isso contribuiu para desestruturar o sistema feudal Brainly?

A partir do século XII, ocorreram várias transformações na Europa que contribuíram para a crise do sistema feudal: - O renascimento comercial impulsionado, principalmente, pelas Cruzadas; - O aumento da circulação das moedas, principalmente nas cidades.

Por que as Cruzadas contribuíram para o fim do feudalismo?

As Cruzadas representaram a crise do sistema feudal, pois, a partir do desenvolvimento do comércio, a rígida estrutura de servidão que caracterizava o feudalismo foi sendo modificada de maneira que muitos camponeses abandonaram a servidão e mudaram-se para as cidades à procura de novas perspectivas e ofícios.

Em que época houve o feudalismo?

O feudalismo foi a forma de organização social e econômica instituída na Europa Ocidental entre os séculos V a XV, durante a Idade Média. Baseava-se em grandes propriedades de terra, chamadas de feudos, que pertenciam aos senhores feudais, e a mão de obra era servil.

Qual foi a crise do feudalismo?

  • Crise do Feudalismo. A crise do feudalismo ocorreu no último período da Idade Média, denominado de Baixa Idade Média (séculos XI e XV). Alguns fatores foram necessários para que o feudalismo desaparecesse por completo, pondo fim a Idade Média e dando início a Idade Moderna.

Qual a principal característica do feudalismo?

  • Uma das principais características do feudalismo, enquanto regime de exploração, era a apropriação direta, pelo senhor (o aristocrata, o nobre), do produto excedente do trabalho dos camponeses. Estes tinham suas ferramentas e trabalhavam nas terras do senhor ou em pequenos lotes para sua subsistência.

Qual a origem do capitalismo e fim do feudalismo?

  • Origem do capitalismo e fim do feudalismo. Origem do capitalismo A origem do capitalismo está relacionada com a formação, ainda na sociedade feudal, do trabalho assalariado e das grandes rotas comerciais. Ouvir: Origem do capitalismo e fim do feudalismo.

Como foi o feudalismo na Europa?

  • Resumo. Baseado na posse de terras (feudos), na monarquia, na centralização do poder, na autossuficiência e numa sociedade estamental (nobreza, clero e povo), destituída de mobilidade social, o feudalismo foi um sistema que permaneceu até o século XIV na Europa.

A Europa ocidental sofreu grandes transformações econômicas e sociais entre os séculos 11 e 14. Pouco a pouco, desmoronou o sistema feudal que vigorou no continente ao longo de quase toda a Idade Média. Para isso, entre outros fatores, contribuíram as Cruzadas, que foram expedições militares patrocinadas pela Igreja católica e organizadas pela cristandade medieval para libertar Jerusalém do domínio muçulmano.

As Cruzadas ocorreram entre os anos de 1096 e 1270 e conduziram a Europa a um momento de renascimento comercial: ao voltarem das batalhas em terras orientais, os cruzados traziam consigo produtos de luxo, como tapetes persas, porcelanas chinesas, tecidos finos ou especiarias (temperos como cravo, canela e pimenta), que atraíam a população europeia, que já não conhecia esses requintes.

Por haverem estabelecido feitorias nessas regiões mais afastadas, os europeus abriram um novo eixo comercial ligando o Ocidente ao Oriente. As principais rotas de comércio eram feitas pelo mar Mediterrâneo e estavam sob o controle de cidades como Gênova, Veneza, Pisa, Constantinopla, Barcelona e Marselha. No mar Báltico e no mar do Norte, o domínio ficava por conta de cidades como Hamburgo, Bremen e pela região de Flandres (Países Baixos).

Burgos e burgueses

Graças a essa retomada do comércio, muitos europeus deixaram o campo e foram viver dentro dos burgos - vilas fortificadas com muralhas, construídas entre os séculos 9 e 10 e posteriormente abandonadas -, onde esperavam encontrar melhores condições de vida. Em pouco tempo, contudo, esses lugares tomaram-se pequenos e as pessoas viram-se obrigadas a se instalar do lado de fora de suas muralhas.

Essa população, formada principalmente por artesãos, operários e comerciantes, acabou dando origem a novos burgos em vários pontos da Europa. Seus habitantes, por oposição aos nobres que viviam em castelos, ficaram conhecidos como burgueses. Com o tempo, os centros urbanos tomaram-se mais importantes que as regiões rurais. Os negócios ali aumentaram, os artesãos abriram suas próprias oficinas, comerciantes passaram a organizar feiras nas quais vendiam seus produtos.

O dinheiro

Por essa razão, o uso de moedas tornou-se essencial, substituindo o escambo ou troca de mercadorias. Isso possibilitou o aparecimento das primeiras casas bancárias, responsáveis pelas operações de câmbio e empréstimos a juros. Toda essa dinâmica fez com que o dinheiro passasse a ganhar importância e a terra e a produção agropecuária deixasse de ser a base da riqueza na Europa.

Gradativamente, os mercadores e banqueiros, cada vez mais ricos, conquistavam maior status social e passaram a ansiar pelo poder político. A burguesia ganhava prestígio e aproximava-se dos reis, emprestando-lhes dinheiro em troca de medidas políticas favoráveis ao comércio. Ao mesmo tempo, os senhores feudais viam-se envolvidos em dívidas, muitas delas decorrentes das altas despesas com as Cruzadas.

Humanismo

Além de empreendimentos comerciais, o maior contato entre os burgueses e os monarcas financiou o surgimento de novas universidades. Com a expansão comercial tomou-se necessário encontrar pessoas que entendessem de direito e comércio. A difusão do conhecimento deixou de ser algo exclusivo da Igreja católica - voltado para assuntos teológicos ou religiosos -, e o ensino tomou-se laico, voltado cada vez mais para questões mundanas.

Desse modo, o homem passou a se preocupar mais com as coisas terrenas do que com as espirituais. As aulas voltavam-se para os textos clássicos, principalmente os dos gregos e romanos, e as atenções dos estudiosos dirigiam-se a diversas áreas do saber e das artes. Iniciava-se o Humanismo, movimento cultural que viria a influenciar a Europa por quase três séculos. Até então hegemônico, o pensamento da Igreja passou a ser questionado por religiosos e filósofos leigos.

Guerra, fome e peste

Todo esse crescimento, no entanto, sofreu um forte golpe no século 14, quando a Europa entrou em crise. Mudanças climáticas geraram um grave colapso no abastecimento agrícola. Apesar dos diversos avanços tecnológicos verificados no campo - como a invenção da charrua, da ferradura, a difusão dos moinhos de vento -, as safras não eram suficientes para toda a população europeia - que duplicara entre os anos 1000 e 1300. Milhares de pessoas passaram a conviver com o problema da fome.

Entre 1346 e 1352, para piorar esse quadro, o continente foi assolado pela Peste Negra, uma epidemia decorrente das péssimas condições de higiene das cidades, que matou cerca de 30 milhões de pessoas, mais de um terço da população europeia. A situação ficou ainda mais grave depois que a nobreza da França e Inglaterra deram início à chamada Guerra dos Cem Anos, conflito que se estendeu de 1337 a 1453 provocando grande número de mortos em ambos os países. Outras guerras ocorreram também na Península ibérica, na Itália e na Alemanha.

Mercantilismo ou capitalismo comercial

Em meio a essa situação de fome, doenças, guerras e mortes, as camadas mais baixas da população sofriam também com a elevada carga de trabalho e com os altos impostos cobrados pelos reis. Todos esses fatores provocaram diversas rebeliões populares em vários pontos da Europa. Fugindo da exploração, novas levas de servos abandonaram os feudos e dirigiram-se para as cidades, onde passaram a trabalhar como assalariados.

A ascensão da burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão-de-obra assalariada, aliados ao fortalecimento do poder real - e a consequente formação dos Estados nacionais -, foram fatores que abalaram de vez a estrutura feudal da Europa e provocaram o fim desse sistema no continente. No século 15, os europeus já viviam sob uma nova ordem socioeconômica: o capitalismo comercial.

Essas transformações políticas, sociais, econômicas e religiosas marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna e produziram reflexos também no campo cultural, em especial das artes plásticas e da arquitetura. Todo esse processo de renovação e revigoramento cultural também recebe o nome de Renascimento.

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