Como é estudar numa escola militar

O ensino militar pode ser definido como uma escola pública de educação básica ou superior clássica.  As disciplinas ensinadas são ministradas por profissionais da área do magistério ou licenciatura. No entanto, a parte administrativa é feita por profissionais da carreira militar. Esse tipo de escola tem um método tradicional de ensino, baseado na disciplina e uniformidade de todos os alunos e professores. Quem ingressa ou conclui esse tipo de ensino pode muitas vezes seguir a carreira militar.

Portanto, esse tipo de ensino tem o foco de formar alunos não apenas intelectualmente. Mas também o caráter e a personalidade, garantindo uma forma rígida e disciplinada de encarar os estudos e as obrigações da vida. Uma das características do curso superior que o ensino militar oferece é também a grande qualidade de formação, aliada ao alto nível de concorrência.

O ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), por exemplo, é conhecido como um dos mais importantes cursos de engenharia do país e consequentemente mais disputados e difíceis de se formar. Ao se graduar nessa instituição, é praticamente certa a contratação de um engenheiro desse curso. Pois é muito valorizado no mercado de trabalho devido ao grande prestígio que o ITA possui.

Veja a seguir o que é e como funciona o ensino militar e fique por dentro dessa tradicional maneira de aprendizagem e descubra se essa á uma formação do seu interesse.

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Algumas informações sobre o ensino militar

O ensino militar no Brasil existe desde os tempos do império e surgiu no ano de 1889, no Rio de Janeiro. Após o decreto imperial número 10.202, que foi assinado por ninguém menos que D. Pedro II. Inicialmente, era destinado somente aos filhos de sexo masculino dos oficiais brasileiros. Com o passar dos anos esse modelo de ensino se expandiu e atualmente é aceito o ingresso de mulheres e filhos de civis.

O assunto sobre o ensino militar está tão em alta ultimamente no país, que no ano de 2018, foi uma das promessas de campanha do atual presidente Jair Bolsonaro. O atual chefe do executivo federal entende que esse seja o melhor caminho para a educação no Brasil. Defende a ideia de que a militarização das escolas, vão tornar esse ambiente menos violento e com mais qualidade de ensino.

Desde então, esse método de ensino vem sido muito discutido por educadores e profissionais dessa área e tem gerado muita polêmica. O que torna completamente ambígua a aceitação de escolas cívico-militares por parte da população. Pois existem questões positivas e negativas a respeito dessa modalidade de ensino.

Como funciona

O ensino militar funciona basicamente da mesma maneira que o ensino convencional. Pois ambas as modalidades são regulamentadas pela Lei n° 9394 de 20 de dezembro de 1996, também conhecida como Lei de Diretrizes de Bases (LDB). O que muda é a conduta de ensino que é baseada na rigidez e na disciplina. Ou seja, deve obedecer um manual de conduta com os preceitos da formação militar.

Essas regras devem ser seguidas à risca. Entre elas são: o corte de cabelo rigoroso e padronizado dos homens, as mulheres não podem usar maquiagem ou adereços, como brincos, por exemplo. O cabelo deve estar sempre preso e também é indispensável o uso de uniformes. Há a prestação da continência e o canto do hino nacional diariamente.

Os critérios pedagógicos são baseados todos no modo de conduta do Exército Brasileiro. O objetivo essencial do modelo de ensino militar é de formar cidadão éticos, guiados por valores e costumes tradicionais.

Entretanto, embora seja um modelo de escola pública, algumas instituições podem cobrar taxas referentes ao uniforme ou materiais que serão utilizados pelos alunos durante o período escolar. A grande diferença entre o ensino militar e o cívico é a própria fatia de investimentos que o governo federal destina a essas escolas. Há um investimento até três vezes mais do que na modalidade de ensino cívico.

Portanto, é importante ressaltar que a eficiência dos resultados obtidos por escolas desse tipo talvez seja o grande investimento destinado a elas. O que faz com que a eficiência do ensino seja atualizada e se mantenha em um nível de qualidade. Equivalente aos institutos federais, que também obtém bons resultados no IDEB (Índice de Educação Básica) e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Como ingressar no ensino militar

Para fazer parte do quadro de alunos de uma escola militar, é preciso obter a aprovação em um processo seletivo. O exame é realizado aos alunos a partir do 6.º ano do ensino fundamental.

Na prova são cobradas questões que exigem o conhecimento de  assuntos da área de linguagens, matemática e conhecimentos gerais.

Além disso, o nível de concorrência pode ser alto, dependendo da instituição.. E uma porcentagem das vagas contempla filhos ou filhas de militares e a outra é destinada aos filhos ou filhas de membros civis.

Prós e contras do ensino militar

Embora esse método de ensino seja bastante discutido, é preciso avaliar o que existe de positivo e de negativo nessa modalidade. A opinião pública é bastante dividida em como o governo deseja implementar esse método de ensino escolar.

Vale lembrar que esse tipo de ensino pode ser eficiente muitas vezes por não possuir o mesmo grau de carência ou defasagem que o ensino convencional. Isso porque a verba destinada a essas instituições é maior e a exigência com o ensino também. O que faz com que a qualidade das instituições seja sempre mantida.

As vantagens do ensino militar

Veja a seguir algumas das vantagens dessa modalidade de ensino:

  • O ensino público convencional sofre uma série de carências, o que torna muitas vezes esse tipo de ensino defasado quanto a infraestrutura ou a capacitação dos professores, que muitas vezes são sobrecarregados com turmas lotadas de alunos, o que faze cair consideravelmente a qualidade de ensino.
  • Embora possa parecer um modelo de ensino muito arbitrário, o aluno e os responsáveis sabem dessas regras antes de ingressar nessas instituições.
  • As escolas militares apresentam um bom desempenho e infraestrutura, fatores determinantes para um desenvolvimento estudantil pleno.

Confira algumas das desvantagens do ensino militar:

  • Esse modelo de ensino nem sempre funciona para todo mundo. Pois a repressão muitas vezes pode levar o aluno a não se desenvolver bem e não saber se adequar a essa modalidade.
  • O ensino militar não é um modelo muito democrático a todos. Um método de ensino vertical nem sempre é o mais eficaz em uma sociedade, pois os valores de uma sociedade vão muito mais além da tradição imposta por instituições desse tipo.
  • Nem sempre a disciplina e a rigidez dos costumes são eficazes na forma de transmitir o ensino. Muitas vezes um método de ensino horizontal, onde o aluno tenha voz pode ser mais eficiente, pois o professor necessita saber muito mais do histórico e da bagagem de cada aluno para que consiga um ensino eficaz.

Instituto Militar de Engenharia

Se você tem o objetivo de seguir carreira militar ou se graduar em uma faculdade de gabarito em Engenharia, saiba que o IME pode ser a graduação certa para você. Essa é graduação mais antiga em engenharia das Américas.

Foi fundada no ano de 1792 e desde então são 227 anos, o que faz com que essa instituição seja muito respeitada e tradicional pela grande concorrência e exigência com os estudos. O engenheiro graduado no IME é um profissional muito valorizado no mercado de trabalho.

Portanto, essa faculdade pode servir para você se tornar um engenheiro respeitado ou oficial do Exército Brasileiro. Ou seja, você teria duas possibilidades interessantes de carreira para seguir, o que poderia garantir um futuro bastante promissor.

Para isso, basta se inscrever no processo seletivo da instituição e cumprir os pré-requisitos que são necessários para o ingresso no Instituto Militar de Engenharia.

Conclusão

Agora que você sabe mais como funciona o ensino militar, certamente pode identificar se essa formação é adequada a você ou não. Para isso, é preciso não ter problemas em receber ordens e também ter afinidade com disciplina e obrigações.

Se você gostou desse assunto e deseja saber mais sobre educação, mercado de trabalho ou curiosidades, não deixe de acessar o blog Vai de Bolsa.

Ter um filho aprovado para escolas públicas de qualidade é motivo de orgulho eterno, sem contar os inúmeros benefícios de curto, médio e longo prazo como a preparação do estudante para outros concursos futuros, a economia financeira por conta da redução dos custos educacionais e, principalmente, a certeza de um jovem bem encaminhado.

Confira abaixo algumas dicas para importantes para que obter aprovação em um desses concursos:

01 – APOIO DOS PAIS AOS FILHOS

Começamos por esta parte porque é no apoio familiar que surgem a coragem, o incentivo, a segurança e, em muitos casos, a vontade. Este é o começo de tudo.

Primeiro deve ser conversado sobre quais opções de carreiras o estudante deseja seguir. É fundamental que o direcionamento educacional ocorra dentro das preferências do aluno, afinal, quando alguém faz o que gosta há mais chances de obter sucesso.

Durante todas as etapas e processos, é essencial se concentrar no bom relacionamento.

02 – CONHECER O PONTO DE CHEGADA

Cada escola tem seu regulamento próprio. É muito importante estudar a fundo sobre o Colégio Militar, desde os objetivos e missão até o edital. O aluno precisa ter certeza de que poderá adaptar-se às regras da instituição.

É necessário, também, acompanhar a abertura dos concursos que serão prestados para melhor preparo técnico e psicológico.

03 – CRIAR ESTRATÉGIAS DE ESTUDO

Ninguém é igual. Cada um tem facilidades, dificuldades, limitações e outras características distintas, o que faz com que um plano de estudo possa funcionar para uns e não ter nenhum resultado para outros.

Para uma boa estratégia é necessário ter, em primeiro lugar, um resumo sobre o perfil do aluno. Perguntas básicas já podem ajudar a começar, por exemplo: Quais são as disciplinas mais difíceis e as mais fáceis? Por quanto tempo consegue estudar sem intervalo? Prefere ler textos ou aprender por vídeos? Tem boa capacidade de concentração?

Através das respostas é possível traçar algumas estratégias. Aproveitando o exemplo acima, vamos falar em um estudante que tenha dificuldade em exatas, que não consiga estudar por mais de uma hora consecutiva, que tenha preferência por vídeos ao invés de textos e baixa capacidade de concentração. Um bom plano é de 3 horas de estudo diário com dois intervalos (sendo um a cada hora), com 2/3 do tempo dedicados à área de exatas, podendo utilizar como material complementar videoaulas disponíveis em sites de vídeos (como YouTube, Vimeo, etc) + duas horas semanais de leitura de textos com assunto livre. Tudo isso em ambiente silencioso.

Como no exemplo, cada um pode elaborar a estratégia mais adequada. Veja aqui um tutorial completo sobre como elaborar boas estratégias de estudo.

04 – FOCAR EM RESULTADOS

Cada dia é um novo dia, portanto, o estudante precisa ir dormir todos os dias sabendo mais do que quando acordou. Essa receita parece simples, mas as ocorrências do cotidiano podem atrapalhar bastante. Por isso é necessário foco!

Tanto o estudante quanto a família devem verificar se tudo está sendo cumprido conforme o planejado. Para a família é necessário atenção, pois, cobrar os resultados funciona, mas tudo tem que ser dosado para não gerar desânimo.

05 – INVESTIR NO FUTURO

Quando chega esse momento é comum surgir a dúvida “vale a pena fazer um cursinho?”.

A resposta é sim, vale muito a pena! Um curso especializado proporcionará ao candidato inúmeras vantagens. Primeiramente, não podemos fugir do fato de que nessa idade, dificilmente o jovem terá disciplina e responsabilidade para estudar sozinho. Veja mais alguns benefícios:

  • O curso pré-seleciona os conteúdos com base nos concursos, aumentando assim a objetividade do estudo;
  • Há uma ementa a ser cumprida, logo o estudante é guiado por uma trajetória estrategicamente elaborada para que se obtenha aprovação;
  • Nos bons cursos, os professores que ministram as aulas tem foco total na aprovação, possuem vasta experiência e têm conhecimentos específicos para este tipo de preparação;
  • Há cursos que possuem metodologias diferenciadas para desempenho máximo dos alunos, o que altera (e muito) o resultado final;
  • Possibilidade de formar grupos de estudos e aumentar a rede de contatos com outros estudantes que farão a mesma prova;
  • Criar uma rotina adequada de estudo, visto que a maioria dos cursos ministram suas aulas aos fins de semana. Assim, o aluno poderá se preparar para o concurso sem perder o foco em ser aprovado na escola em que estuda.

Para fazer a matrícula em um curso especializado, a família do estudante deve fazer um plano de investimento – vale lembrar que este, provavelmente, será o último investimento educacional, portanto, deve haver certo “capricho” (e cuidado para não criar dívidas).  Pesquise a fundo sobre o custo total, o real desembolso mensal (mensalidade, material, uniforme, passagem, lanche, etc) e coloque tudo na ponta do lápis para não ter complicações. Também é de excelente escolha a compra de materiais complementares de estudo e demais itens que possam alavancar o conhecimento. Veja aqui como funciona um curso especializado.

SOBRE O COLÉGIO MILITAR

Os pais que optam pelo CMRJ para realizar a educação de seus filhos acreditam nos valores que orientam o Colégio e desejam que seus filhos absorvam a cultura, a tradição, o modo de fazer e de agir do Exército Brasileiro num ambiente hierarquizado e disciplinado.

O aluno do CMRJ deve se destacar pela consciência que tem de sua dignidade como pessoa; por sua postura de respeito para com os mais velhos, superiores e semelhantes; por sua conduta no Colégio e em vias públicas, por sua solidariedade; por seu espírito patriótico e por sua participação cívica.

Mais do que facilitar o acesso ao conhecimento, o CMRJ objetiva à formação integral de cidadãos autônomos, éticos, solidários e atuantes social e politicamente por intermédio do trabalho e do desenvolvimento dos campos afetivo, cognitivo e psicomotor.

A construção do saber em um sentido bastante amplo só será significativa à medida que o discente conseguir estabelecer uma relação não arbitrária e substantiva entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos por eles, num processo de articulação dos significados.

Fonte: //www.cmrj.ensino.eb.br

Veja aqui o site do Colégio Militar: //www.cmrj.eb.mil.br/

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