19 trabalhos que serão substituídos pela tecnologia

O que você faria se a profissão que você exerce hoje não existisse mais amanhã?

Este dilema é mais comum do que você imagina. A transformação digital no mercado de trabalho foi acelerada com a pandemia da Covid-19, o que impactou não apenas o dia a dia das empresas, mas também a carreira dos colaboradores.

É preciso estar pronto para enfrentar o imprevisível. Por isso a Pós PUCPR Digital preparou o EPUC exclusivo Futuro do trabalho: quais são as previsões e como elas impactam a sua carreira?, para ajudá-lo a se preparar para uma função que talvez ainda não exista.

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A preparação para o futuro do trabalho é um processo e, antes de iniciá-lo, você precisa estar bem informado. Neste artigo, você verá:

Vamos lá?

O futuro do trabalho e a pandemia

A pandemia acelerou a implantação das novas tecnologias no mercado de trabalho. Segundo a consultora peruana Patricia Merino, que escreveu o livro "O futuro do trabalho" (2020) em co-autoria com Patricia Cánepa, a pandemia adiantou a transformação digital nas empresas em cinco anos.

Algo que foi desmistificado neste período foi a ideia de que o trabalho remoto não funciona. O home office tornou as pessoas mais produtivas e veio para ficar.

Agora, o desafio para quem trabalha de casa é equilibrar o tempo dedicado à vida profissional e à pessoal. Você encontra algumas dicas de como fazer isso neste artigo.

Quem está buscando oportunidades deve se preparar para trabalhar de casa, assim como participar de processos seletivos online. Manter o perfil do LinkedIn atualizado se tornou ainda mais importante com o isolamento social.

E não basta evidenciar suas habilidades técnicas, é necessário mostrar que você domina as habilidades comportamentais necessárias para trabalhar em equipe – mesmo que de longe.

A pandemia e a digitalização do trabalho também evidenciaram a importância de cuidar da saúde mental e manter uma vida equilibrada. Neste artigo, ensinamos como manter a saúde mental durante a pandemia.

Profissões que vão deixar de existir...

A transformação digital também implica no desaparecimento de profissões, por meio da automatização das funções. Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostra as dez profissões com a maior probabilidade de serem automatizadas no Brasil com a Indústria 4.0:

  • Assistente administrativo
  • Auxiliar de escritório
  • Vendedor de comércio varejista
  • Faxineiro
  • Motorista de caminhão
  • Alimentador de linha de produção
  • Operador de caixa
  • Professor de nível médio e ensino fundamental
  • Vigilante
  • Servente de obras

...E as profissões do futuro que vão surgir

Assim como haverá as que deixarão de existir, novas profissões irão aparecer para atender as demandas de um mundo cada vez mais tecnológico e com a expectativa de vida cada vez mais alta. O Center for the Future of Work, da Cognizant Technology Solutions, elaborou uma lista com as 21 profissões do futuro, que devem aparecer até 2028:

  1. Detetive de dados: analisa e tira insights a partir do Big Data.
  2. Facilitador de TI: explora tendências e cria plataformas para usuários construírem os próprios ambientes colaborativbos.
  3. Oficial de ética de sourcing: garante que os gastos da empresa atendem os padrões éticos dos acionistas.
  4. Gestor de desenvolvimento de negócios de inteligência artificial: projeta e implementa soluções de IA para acelerar vendas e negócios.
  5. Mestre de edge computing: garante a segurança do ambiente de edge computing, onde o processamento dos dados acontece.
  6. Walker/Talker: profissional especializado em fazer companhia para idosos em ambientes virtuais.
  7. Conselheiro de compromisso de saúde: atende remotamente usuários que usam pulseiras inteligentes para monitorar a saúde física.
  8. Técnico de saúde assistida por inteligência artificial: auxilia pacientes na telemedicina, além de fazer exames, diagnósticos e administrar tratamentos.
  9. Analista de cybercidade: monitora e analisa o fluxo de dados de uma cidade inteligente.
  10. Diretor de portfólio genômico: elabora estratégias para produtos biotecnológicos.
  11. Gerente de equipe humanos-máquinas: aprimora o relacionamento entre os trabalhadores e as máquinas, que no futuro do trabalho integram uma equipe híbrida.
  12. Coach de bem-estar financeiro: realiza orientações individuais para clientes que desejam aprimorar as finanças pessoais.
  13. Alfaiate digital: por meio de uma cabine especial, o profissional tira de forma precisa as medidas de clientes. Desenvolve peças de roupa personalizadas e adequadas ao biotipo de cada pessoa.
  14. Chief Trust Officer: constrói um bom relacionamento com o mercado financeiro e fiscaliza a transparência no uso de criptomoedas.
  15. Analista de quantum machine learning: especialistas em machine learning, computação quântica e data science podem apostar nesta profissão. Ela envolve pesquisa e desenvolvimento de soluções para aperfeiçoar algoritmos e sistemas.
  16. Guia de loja virtual: a atividade é remota e se baseia em realidade aumentada. O profissional atende o cliente instantaneamente e de forma personalizada.
  17. Corretor de dados pessoais: atua na bolsa de dados nacionais e internacionais para garantir a maior rentabilidade na venda das informações pessoais de um cliente.
  18. Curador de memórias pessoais: por meio da realidade virtual, reconstroi experiências passadas de clientes que perderam suas memórias.
  19. Construtor de jornadas de realidade aumentada: o profissional se envolve em todas as etapas da jornada de realidade aumentada, do projeto à execução.
  20. Controlador de estradas: responsável pela gestão do espaço de carros e drones autônomos. Monitora o espaço aéreo e as estradas por meio de plataformas automatizadas.
  21. Oficial de diversidade genética: promove dentro das empresas um espaço de inclusão genética.

Saiba mais detalhes sobre estas 21 carreiras do futuro mais promissoras.

Necessidade de requalificação para o trabalho do futuro

A lista de profissões do futuro é impressionante, não é? Estar preparado para exercer estas e outras funções é um dos desafios do futuro do trabalho. O assunto foi discutido no Fórum Econômico Mundial em 2021, a partir das conclusões de uma pesquisa realizada em parceria com a consultoria PwC.

O levantamento mostra a importância de investir no aprendizado de novas habilidades: se as empresas e o setor público se unirem na requalificação em larga escala da mão de obra, mais de 5,3 milhões de empregos seriam criados até 2030. O Produto Interno Bruto (PIB) global ganharia US$ 6,5 trilhões neste período.

Entre as habilidades apontadas em Davos como necessárias para o futuro do trabalho estão a criatividade, a liderança, o pensamento analítico e a inteligência emocional. Os profissionais também precisam aprimorar habilidades digitais para atender as demandas de um mercado de trabalho mais informatizado.

Além da adaptação às profissões do futuro, os benefícios da requalificação já são sentidos no presente por quem busca se especializar e aprender novas habilidades:

  • Reconhecimento dentro da empresa, pois mostra ao gestor que você está disposto a se aprimorar e contribuir com o crescimento do negócio.
  • Melhoria na remuneração de até 53,7% em cargos de coordenação, segundo levantamento da Catho Educação de 2018. Para cargos de analista, a pós pode aumentar o salário em até 118%.
  • Criação de um networking com profissionais referência em sua área de atuação.

Homem e robô disputando uma vaga de emprego / Imagem Google

A pandemia de covid-19 e suas implicações aceleraram mudanças no mercado de trabalho que já vinham acontecendo em decorrência das rápidas e constantes inovações tecnológicas que dominaram o mundo a partir do início da década passada. De acordo com o mais recente relatório “O futuro do emprego”, publicado em outubro de 2020, pelo Fórum Econômico Mundial, até 2025, 85 milhões de empregos serão substituídos pela mudança na divisão entre humanos e máquinas. Concomitantemente, 97 milhões de novos papéis devem ser criados na esteira das inovações tecnológicas.

Trata-se de um cenário desafiador para o profissional contemporâneo, que precisa adquirir conhecimento para atualizar-se a fim de se adequar às exigências desse novo mundo. Capacidade de suma importância para quem deseja atravessar esse período com sucesso, valorizando a si mesmo e às empresas onde atua, é a aprendizagem intencional, que pode ser definida como a prática de tratar cada experiência como uma oportunidade para aprender algo.

Instituições de ensino corporativo à distância são importantes instrumentos para profissionais com a capacidade da aprendizagem intencional, pois fornecem conhecimentos úteis às suas profissões e suas vidas, que não encontrarão necessariamente em cursos, faculdades e universidades, representantes do ensino formal.

Milhões de empregos serão destruídos com as novas tecnologias, como automação e inteligência artificial, mas outras oportunidades surgirão na esteira destas transformações

Segundo o documento, O futuro do emprego”, estima-se que, em 2025, 85 milhões de empregos sejam substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis surjam, por serem mais adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.

Para Ricardo Shinyashiki, CEO da Gentelab, startup que desenvolve serviços e conteúdos educacionais corporativos, o cenário atual é desafiador ao profissional do futuro, pois ele precisa adquirir conhecimento para atualizar-se a fim de se adequar às exigências desse novo mundo.

Neste contexto, instituições de ensino corporativo à distância aparecem como peças-chave pois disponibilizam a estes profissionais conhecimentos úteis as suas profissões, mas que não necessariamente conseguem encontrar em cursos, faculdades e universidades – as representantes do ensino formal. Essas instituições oferecem conteúdos que os capacitam para desenvolverem suas funções no trabalho de modo eficiente, mas também os municiam com habilidades emocionais essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Procura por aprendizagem e formação online quadruplicou

Assim, compreende-se melhor porque, segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, a aprendizagem e a formação online estão aumentando. Conforme o documento, o número de indivíduos que procuram oportunidades de aprendizagem remota por sua própria iniciativa, cresceu quatro vezes em relação ao relatório anterior, realizado em 2018.

As empresas também têm tomado a dianteira no sentido de atualizarem seus profissionais. Segundo o relatório, quintuplicou a oferta por parte do empregador de oportunidades de aprendizagem online para seus trabalhadores. Entre os cursos mais procurados estão desenvolvimento pessoal e aprendizagem de habilidades digitais, como análise de dados, ciência da computação e tecnologia da informação.

De acordo com Shinyashiki, para as empresas, investir na capacitação de seus profissionais tem o potencial de gerar impacto que vai além do aumento da receita. “A confiança gerada no colaborador a partir do investimento da empresa no desenvolvimento de habilidades necessárias para que ele exerça uma nova atividade faz com que o ambiente e clima corporativos fiquem positivos, favorecendo dessa forma a retenção de talentos e atração de funcionários com qualificação”, diz.

A CPO da Gentalab, Luciana Ogusco, acredita que cada vez mais, além de conteúdos direcionados a obtenção de habilidades técnicas, serão necessários treinamentos voltados para a cultura, que permitirão aos colaboradores explorar seus potenciais com conteúdo inédito a eles. “Nesse sentido, as plataformas digitais têm um papel muito importante, que é o de consolidar essas informações e gerar insights poderosos, mas principalmente o de estimular a aprendizagem contínua”, explica.

Um belo exemplo no sentido de instigar os colaboradores a aprenderem sempre mais é a Tech4Teachers, iniciativa elaborada pela Gentelab em conjunto com a Atmo Educação, empresa do setor educacional. Alexandre Abbatepaulo, diretor do Colégio Lourenço Castanho, uma das instituições que compõem a Atmo Educação, explica que a Tech4Teachers foi pensada e desenvolvida para que seus professores aprendam mais, e consequentemente, também ensinem melhor.

“Em parceria com a Gentelab, focamos em desenvolver profissionais do futuro, com formação tecnológica, que tenham amplo conhecimento em ferramentas que dinamizam a interação com seus alunos, e que invistam em si mesmos, tratando cada experiência como uma oportunidade de aprendizagem”, diz Abbatepaulo.

Com a transição tecnológica, aprendizagem intencional se torna peça fundamental para inserção no mercado de trabalho

A aprendizagem intencional é uma capacidade de suma importância para quem deseja atravessar o período atual com sucesso, criando um imenso valor a si mesmo e às empresas onde atua. Esta habilidade pode ser definida como a prática de tratar cada experiência como uma oportunidade para aprender algo. Ou seja, para quem desenvolve essa habilidade, a vontade de aprender nunca fica restrita a situações específicas, como o ensino regular, mas se espalha pela vida como um todo e os diversos momentos que a compõem.

No sentido de adquirir e lapidar essa habilidade que leva a querer aprender constantemente, duas mentalidades são fundamentais: a de crescimento e a da curiosidade. Habilidades, que podem e devem, ser desenvolvidas durante toda a vida.

A mentalidade de crescimento é aquela que faz a pessoa acreditar que está em evolução constante e que pode aprimorar e ampliar sua inteligência e demais habilidades com o passar do tempo. Para quem desenvolve esse tipo de mentalidade não existe perfeição e tampouco falta dela. Erros e falhas, por exemplo, nunca são encarados como limites que não podem ser transpostos, mas como oportunidades para o desenvolvimento.

A curiosidade, por sua vez, é o substrato da aprendizagem ativa, da vontade de aprender a aprender. Ela ajuda a superar o medo de questionar e questionar-se, fazendo com que se trave conhecimento com algo que se ignora. A curiosidade é responsável também pelo desejo de experimentar situações desconhecidas, que podem ser estímulos para novos aprendizados.

Uma das conclusões a que se chegou o relatório do Fórum Econômico Mundial é que, nos próximos cinco anos, as lacunas de competências continuarão a se elevar à medida que as competências exigidas nos empregos se alterem. E para preencher estas lacunas os trabalhadores precisarão se reciclar. Conforme o documento, 94% dos líderes de negócios relatam que esperam que os funcionários adquiram novas habilidades no trabalho.

Entre as principais habilidades e grupo de habilidades que os empregadores acreditam ser importantes para o profissional do futuro estão: pensamento crítico e análise e habilidades em autogestão, como aprendizagem ativa. É por meio dessa capacidade de entender quais são as lacunas de seu aprendizado, qual conhecimento é necessário para aquela ocasião, e por meio do exercício diário da aprendizagem ativa, é que o profissional irá buscar as qualificações que lhe são essenciais.

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